Cross-border healthcare and prognosis of HIV infection in the triple border Brazil-Paraguay-Argentina
A assistência à saúde transfronteira e o prognóstico da infecção pelo HIV na tríplice fronteira Brasil-Paraguai-Argentina
Atención sanitaria fronteriza y pronóstico de infección por VIH en la triple frontera Brasil-Paraguay-Argentina

Cad. Saúde Pública (Online); 35 (9), 2019
Publication year: 2019

Abstract:

The act of crossing an international border for healthcare is a reality in border areas and the flow is in the direction of the city with more human and healthcare resources. Although several prognostic factors related to HIV+ patients are known, the prognostic value of this type of mobility for long term care is still neglected. This study compares the prognosis of HIV patients from three groups, one involved in regional mobility, another in cross-border mobility in search for healthcare and the reference group which is composed by patients living in the same city of the health facility. This is a retrospective cohort study using medical records from a healthcare service in Brazil. Following survival analysis with log-rank test and Cox proportional hazard models, overall survival had no significant difference between patients who were involved in regional (HR = 1.03; 95%CI: 0.69-1.54; p = 0.89) or international (HR = 1.07; 95%CI: 0.58-1.97; p = 0.83) mobility and those who were not. This lack of difference was kept when adjusted for known prognostic factors. In this retrospective cohort study, exposure to both regional and international migration did not have a significant association with the risk of death by any cause in crude or adjusted analyses for already known prognostic factors. This is the first study to consider the prognostic role of cross-border healthcare for HIV patients. Despite these findings, the need of monitoring the extent and the clinical and demographic characteristics of healthcare demand originated in the other side of the border and the use of these data for decision making in health management is emphasized.

Resumo:

O ato de atravessar uma fronteira internacional para receber cuidados de saúde é uma realidade nas áreas fronteiriças. O fluxo tende a ser em direção à cidade com os melhores recursos humanos e melhor infraestrutura em saúde. Embora sejam conhecidos os fatores prognósticos relacionados à infecção pelo HIV, o valor prognóstico desse tipo de migração a longo prazo tem recebido menos atenção.

Este estudo divide e compara o prognóstico em três grupos de pacientes com HIV:

um envolvido em mobilidade regional, outro em mobilidade transfronteira em busca de assistência e o terceiro constituído de pacientes que residem na mesma cidade onde o serviço de saúde está localizado. Este estudo de coorte retrospectiva utiliza dados de prontuários de um serviço de saúde no Brasil. Ao analisar a sobrevida com o teste de log-rank e modelos riscos proporcionais de Cox, a sobrevida geral não mostrou diferença significativa entre pacientes que recebiam cuidados através da mobilidade regional (HR = 1,03; IC95%: 0,69-1,54; p = 0,89) ou transfronteira (HR = 1,07; IC95%: 0,58-1,97; p = 0,83) e aqueles que recebiam atendimento na cidade onde residiam. Essa falta de diferença se manteve quando a análise foi ajustada para os fatores prognósticos conhecidos. Neste estudo de coorte retrospectiva, a exposição à migração regional ou internacional não mostrou associação significativa com o risco de óbito por qualquer causa, de acordo com a análise bruta e as análises ajustadas para os fatores prognósticos já conhecidos. Este foi o primeiro estudo a considerar o papel prognóstico da assistência transfronteira para pacientes com HIV. Apesar desses achados, enfatiza-se a necessidade de monitorar o grau e as características clínicas e demográficas da demanda por assistência com origem do lado oposto da fronteira, além de utilizar esses dados no processo decisório na gestão da saúde.

Resumen:

El hecho de cruzar una frontera internacional en búsqueda de asistencia sanitaria es una realidad en las áreas fronterizas y el flujo migratorio se dirige hacia la ciudad con más recursos humanos y sanitarios. A pesar de que se conocen los diferentes factores pronósticos relacionados con el VIH, el valor pronóstico de este tipo de movilidad continúa todavía olvidado durante mucho tiempo. Este estudio compara los pronósticos de pacientes de VIH de tres grupos, uno implicado en la movilidad regional, otro en la movilidad fronteriza en búsqueda de asistencia sanitaria y el grupo de referencia que estaba compuesto por pacientes viviendo en la misma ciudad donde se encontraban los servicios sanitarios. Este es un estudio retrospectivo de cohorte, usando expedientes médicos de un servicio de salud en Brasil. En los siguientes análisis de supervivencia con prueba log-rank y modelos de Cox de riesgo proporcional, en cuanto a la supervivencia general no hubo una diferencia significativa entre pacientes que estaban implicados en la movilidad regional (HR = 1,03; 95%CI: 0,69-1,54; p = 0,89) o internacional (HR = 1,07; 95%CI: 0,58-1,97; p = 0,83) y aquellos que no lo estuvieron. Esta falta de diferencia se mantuvo cuando se ajustó para los factores pronósticos conocidos. En este estudio retrospectivo de cohorte, la exposición tanto a la migración regional como la internacional no tuvo una asociación significativa con el riesgo de muerte por alguna causa en los análisis crudos o ajustados para los factores pronósticos ya conocidos. Se trata del primer estudio en considerar el papel pronóstico de la asistencia sanitaria transfronteriza en pacientes con VIH. A pesar de estos resultados, existe la necesidad de un monitoreo sobre la extensión y las características clínicas y demográficas de la demanda de servicios sanitarios al otro lado de la frontera, así como el énfasis del uso de estos datos para la toma de decisiones en la gestión de salud.

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