Social representations of child and adolescent sexual abuse: A study of juridical professionals
Representações Sociais sobre o abuso sexual infantojuvenil: um estudo com profissionais jurídicos
Estud. Psicol. (Campinas, Online); 36 (), 2019
Publication year: 2019
This study sought to identify the structure of legal professionals' representations of child and adolescent sexual abuse anchored by the central core theory of social representations. The sample included 31 professionals responsible for implementing public policies in relation to victims, their family members, and aggressors. A sociodemographic questionnaire was employed with a free word association task. The resulting data were analyzed using Statistical Package for the Social Sciences 21.0 and the R Interface for Multidimensional Analyses of Texts and Questionnaires, respectively. The central core of the professionals' representations included the terms "violence", "trauma", and "grief"; furthermore, they pathologized the abuser, and their representations were anchored by criminological and psychological explanations of sexual abuse. This fragmented view of sexual abuse lacks macroexplanations that address cultural and social factors as well as proposals that involve society as a whole.
O estudo objetivou identificar a estrutura da representação dos profissionais jurídicos sobre o abuso sexual infantojuvenil, ancorada na Teoria do Núcleo Central das Representações Sociais. A amostra foi composta por 31 profissionais, os quais são responsáveis por concretizar políticas públicas com a vítima, a família e o agressor. Utilizou-se de um questionário sociodemográfico e da Técnica de Associação Livre de Palavras, cujos os dados foram analisados com auxílio dos softwares Statistical Package for the Social Sciences e Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires, respectivamente. Constatou-se que os profissionais têm como núcleo central de suas representações a violência, o trauma e a tristeza, patologizando a figura do abusador, ancorando suas representações em explicações criminológicas e psicológicas do fenômeno. Há uma visão fragmentada da questão, não tecendo explicações macrossociais que abarquem fatores culturais e sociais, nem propostas que envolvam a sociedade como um todo.