Teste cardiopulmonar no diagnóstico de doença coronariana: acurácia da curva do pulso de oxigênio
Cardiopulmonary testing in the diagnosis of coronary heart disease: the accuracy of the oxygen pulse curve
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo; 29 (3 Supl), 2019
Publication year: 2019
A isquemia miocárdica induzida por esforço em níveis significativos interferiria no aumento no
volume sistólico e levaria à deflexão da curva do PuO2. A alteração da resposta curvilínea do PuO2, que resulta em achatamento da curva, demonstraria redução do volume sistólico e/ou falha para aumentar a extração de oxigênio. Em revisão não sistemática da literatura, encontramos poucos relatos sobre a deflexão da curva do PuO2 secundária à isquemia induzida por esforço, totalizando apenas nove estudos em 22 anos, que abrangeram 339 pacientes. A sensibilidade e a especificidade do TE foi de, respectivamente, 46% e 66%; a sensibilidade e a especificidade do TCP atingiram, respectivamente, 51% e 60%, considerando-se a deflexão do PuO2. Quando a deflexão do PuO2 foi associada à relação entre VO2/work rate slope, a sensibilidade e a especificidade atingiram 87% e 74%, respectivamente. No subgrupo com isquemia extensa, o pico do PuO2 foi reduzido em comparação com o subgrupo com isquemia discreta (12,8 ± 3,8 vs. 16,4 ± 4,6 – p < 0,05),
demonstrando que a deflexão da curva de PuO2
pode estar presente nos casos de isquemia
miocárdica extensa. Houve elevação do PuO2
de 11,76 para 13,27 ml/batimento e do slope de
PuO2 de 7,05 para 9,25 depois de angioplastia coronariana. Há indícios de que a utilização do
teste cardiopulmonar no diagnóstico da doença coronariana pode ser útil, rastreando os casos
de maior gravidade
Exercise-induced myocardial ischemia, at significant levels, may interfere in the increase
of systolic volume and cause deflection of the PuO2 curve. A change of the curvilinear
response of PuO2, which results in a flattening of the curve, demonstrates a reduction of the systolic volume and/or failure to increase the extraction of oxygen. In a non-systematic
literature review, we found few publications about the deflection of the PuO2 curve, secondary to exercise-induced ischemia, totaling only nine studies over 22 years, and including 339 patients. The sensitivity and the specificity of the ET were 46% and 66%, respectively; the
sensitivity and the sensibility of the CPT reached 51% and 60%, respectively, considering the
deflection of PuO2. When the deflection of PuO2
was associated with the relationship between
VO2/work rate slope, the sensibility and specificity reached 87% and 74%, respectively. In the subgroup with extensive ischemia, peak PuO2 was reduced as compared to the subgroup with mild ischemia (12.8±3.8 vs. 16.4±4.6 - p < 0.05), showing that there may be a flattening of the curve in cases with extensive myocardial ischemia. There was an increase in PuO2 from 11.76 to 13.27 ml/beat and of the slope of PuO2 from 7.05 to 9.25 following coronary angioplasty. There are indications that the use of cardiopulmonary testing may be useful in the diagnosis of coronary heart disease, detecting more serious cases