Sangrias por flebotomia, ventosas sarjadas e sanguessugas: atribuições técnicas das enfermeiras brasileiras (1916-1942)
Bloodletting by phlebotomy, wet cupping and leeches: roles of the Brazilian nurses’ techinique (1916-1942)

Hist. enferm., Rev. eletronica; 6 (2), 2015
Publication year: 2015

Introdução:

As sangrias são heranças da Antiguidade, comuns em tratamentos médicos e presentes no ensino de técnicas de enfermagem no Brasil.

Objetivo:

Descrever o ensino da semiotécnica de sangrias realizadas pelas primeiras enfermeiras brasileiras.

Método:

Pesquisa descritiva e histórica, baseada em cuidados de enfermagem, com recorte temporal de 1890 até 1949. Foram consultados livros e artigos de periódico desse período, abordando-se cada técnica de sangria.

Resultados:

Quatro livros, escritos por médicos e enfermeiros, indicaram que as alunas de enfermagem aprendiam a auxiliar ou a aplicar a técnica de flebotomia, ventosa sarjada e sanguessuga. A flebotomia era realizada de modo direto (venossecção) e indireto (por orifícios). A ventosa sarjada consistia na produção de feridas e extração por vácuo, utilizando-se aparelhos escarificadores. A sanguessuga era uma ventosa sarjada natural e viva, que demandava técnicas peculiares para colocação e retirada da pele, com muitas precauções.

Conclusões:

As sangrias consistiam em procedimentos rotineiros mas dolorosos e radicais para os pacientes. Além disso, traziam diversos riscos ocupacionais para as enfermeiras, seja pela exposição ao sangue, seja pela manipulação de animais vivos.

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