Acesso à informação para tomada de decisão com base em evidências segundo a percepção de Secretários Municipais de Saúde do Estado do Paraná, no ano de 2014
Access to information for evidence-based decision-making from the perspective of Municipal Health Secretaries in the State of Paraná, Brazil, 2014
Acceso a la información para la toma de decisiones en base a evidencias, según la percepción de Secretarios Municipales de Salud del estado de Paraná, Brasil, 2014

Cad. Saúde Pública (Online); 34 (7), 2018
Publication year: 2018

O objetivo foi identificar fontes de acesso a informações para a tomada de decisão e barreiras para o uso de periódicos científicos entre Secretários Municipais de saúde do Estado do Paraná, Brasil. Participaram do trabalho Secretários Municipais de Saúde de 181 municípios do Estado do Paraná, no ano de 2014. Foram realizadas entrevistas sobre a frequência e o uso de recursos, para obter informação sobre as evidências científicas relacionadas ao uso de periódicos científicos. Em geral, 40,9% dos participantes tinham entre 18 e 39 anos (média 43 ± 10,2; mediana 42 anos), ocupavam o cargo por um período menor de cinco anos (69,1%), eram do sexo masculino (56,4%) e apenas um a cada três possuía pós-graduação em saúde pública. As principais fontes de informação utilizadas foram "revistas não científicas" (76,2%), "jornais impressos/online" (71,4%)" e "diretrizes do Ministério da Saúde" (71,3%). As principais barreiras reportadas para o uso de periódicos científicos foram a "falta de tempo para leitura" (72,9%), o "custo elevado de periódico" (69,1%) e a "dificuldade de identificar os melhores periódicos" (63,5%). As principais fontes de acesso à informação utilizadas são veículos não científicos e as diretrizes do Ministério da Saúde. O emprego de periódicos científicos é dificultado pela falta de tempo e baixa familiaridade com a linguagem científica. O acesso a informações científicas deve ser facilitado com o emprego de fontes mais acessíveis, assim como o treinamento dos gestores para o uso de periódicos de livre acesso. Tais ações podem auxiliar no conhecimento de evidências atualizadas entre os secretários municipais de saúde.
The study aimed to identify information sources for decision-making and barriers to access in the use of scientific journals by Municipal Health Secretaries in the State of Paraná, Brazil. Study participants included Secretaries of Health from 181 municipalities in the year 2014. Interviews focused on the frequency of consultation of resources for obtaining evidence, including from scientific journals. 40.9% of the participants were 18 to 39 years of age (mean age was 43±10.2 years; median 42 years). More than two-thirds (69.1%) had held the office of health secretary for less than five years. The majority were males (56.4%), and only one in three had a graduate degree in public health. The main sources of information were "non-scientific periodicals" (76.2%), "print/online journals" (71.4%), and "Ministry of Health guidelines" (71.3%). The main barriers to use of scientific journals were "lack of time for reading" (72.9%), "periodical's high cost" (69.1%), and "difficulty in identifying the best periodicals" (63.5%). The main information sources were non-scientific periodicals and Ministry of Health guidelines. The use of scientific journals is hindered by lack of time and limited familiarity with scientific language. Access to scientific information should be facilitated by the use of more accessible sources and training for municipal administrators in the use of open-access periodicals. Such measures can foster knowledge of current evidence among municipal health secretaries.
El objetivo fue identificar fuentes de acceso a la información para la toma de decisiones y las barreras existentes, para el uso de periódicos científicos entre Secretarios Municipales de Salud del estado de Paraná, Brasil. Participaron en el trabajo Secretarios Municipales de Salud de 181 municipios del estado de Paraná, durante el año 2014. Se realizaron entrevistas sobre la frecuencia y el uso de recursos, con el fin de obtener información sobre las evidencias científicas relacionadas con el uso de periódicos científicos. En general, un 40,9% de los participantes tenían entre 18 y 39 años (media 43 ± 10,2; mediana de 42 años), ocupaban el cargo por un período menor de cinco años (69,1%), eran de sexo masculino (56,4%), y solamente uno de cada tres contaba con posgrado en salud pública. Las principales fuentes de información utilizadas fueron "revistas no científicas" (76,2%), "periódicos impresos/online" (71,4%) y "directrices del Ministerio de Salud" (71,3%). Las principales barreras informadas para el uso de periódicos científicos fueron la "falta de tiempo para lectura" (72,9%), el "coste elevado del periódico" (69,1%) y la "dificultad de identificar los mejores periódicos" (63,5%). Las principales fuentes de acceso a la información utilizadas son vehículos no científicos y las directrices del Ministerio de Salud. El empleo de periódicos científicos está dificultado por falta de tiempo y baja familiaridad con el lenguaje científico. El acceso a información científica debe ser facilitado con el empleo de fuentes más accesibles, así como el entrenamiento de gestores para el uso de periódicos de libre acceso. Tales acciones pueden ayudar en el conocimiento de evidencias actualizadas entre los secretarios municipales de salud.

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