Resíduos faríngeos nas disfagias orofaríngeas neurogênicas
Pharyngeal residue in neurogenic oropharyngeal dysphagia

CoDAS; 31 (6), 2019
Publication year: 2019

RESUMO Objetivo Comparar os resíduos faríngeos por consistência de alimento entre indivíduos com disfagia orofaríngea neurogênica. Método Estudo clínico transversal. Realizada análise de 30 exames de videoendoscopia de deglutição de indivíduos com diagnóstico de doenças neurológicas e disfagia orofaríngea, independentemente do tempo ou estágio das doenças.

Os indivíduos foram divididos em três grupos:

o grupo I composto por 10 indivíduos pós-Acidente Vascular Cerebral, 8 homens e 2 mulheres, faixa etária entre 51 e 80 anos (média 67 anos); o grupo II por 10 indivíduos com Esclerose Lateral Amiotrófica, 5 homens e 5 mulheres, faixa etária entre 39 e 78 anos (média 57 anos), e o grupo III por 10 indivíduos com Doença de Parkinson (DP), 5 homens e 5 mulheres, faixa etária entre 65 e 88 anos (média 74 anos). Para análise dos resíduos faríngeos em valéculas e seios piriformes, foi aplicada a Yale Pharyngeal Residue Severity Rating Scale, considerando a primeira deglutição de 5 mL nas consistências pastosa e líquida espessada, por dois juízes independentes e de forma cega. Resultados Não houve diferença estatística significativa nos resíduos faríngeos, em valéculas (p= 0,25/ p= 0,18) e seios piriformes (p= 1,41/ 0,49), respectivamente nas consistências pastosa e líquida espessada, nas diferentes doenças estudadas. Conclusão Os níveis de resíduos faríngeos na consistência pastosa ou líquida espessada na população estudada foram semelhantes e mais frequentes nos níveis menos grave.
ABSTRACT Purpose To compare pharyngeal residues of different consistencies among groups of individuals with neurogenic oropharyngeal dysphagia. Methods In a cross-sectional study, a fiberoptic endoscopic evaluation was performed in 30 swallowing exams of individuals diagnosed with neurological disease and oropharyngeal dysphagia, regardless of the time or stage of the disease.

The individuals were divided into three groups according to etiology:

group I, 10 post-stroke, 8 male and 2 female, aged 51 to 80 years (average age: 67 years); group II, 10 individuals with amyotrophic lateral sclerosis, 5 male and 5 female, aged 39 to 78 years (average age: 57 years); group III, 10 examinations of individuals with Parkinson's disease, 5 male and 5 female aged 65-88 years (average age: 74 years). The Yale Pharyngeal Residue Severity Rating Scale was applied by two independent raters in a blind manner for the analysis of pharyngeal residues in valleculae and pyriform sinuses based on the first swallowing of 5 mL of pureed and thickened liquid. Results No statistically significant difference was observed among groups in the degree of pharyngeal residues of puree food or thickened liquid in the valleculae (p = 0.25/p = 0.18) or the pyriform sinuses (p = 1.41/0.49). Conclusion The pharyngeal residue levels of pureed and thickened liquid were similar for the groups studied, with less severe levels being more frequent.

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