J. bras. pneumol; 46 (1), 2020
Publication year: 2020
ABSTRACT Objective:
To compare religious coping (RC) in patients with COPD and healthy individuals, as well as to determine whether RC is associated with demographic characteristics, quality of life, depression, and disease severity in the patients with COPD. Methods:
This was a cross-sectional study conducted between 2014 and 2016, involving outpatients with moderate to severe COPD seen at one of two hospitals in Fortaleza, Brazil, as well as gender- and age-matched healthy controls. The Brief RCOPE scale assessed RC in all of the participants. We also evaluated the COPD group patients regarding symptoms, quality of life, and depression, as well as submitting them to spirometry and a six-minute walk test. Results:
A total of 100 patients were evaluated. The mean age was 67.3 ± 6.8 years, and 54% were men. In the COPD group, the mean positive RC score was significantly higher than was the mean negative RC score (27.17 ± 1.60 vs. 8.21 ± 2.12; p = 0.001). The mean positive RC score was significantly higher in women than in men (27.5 ± 1.1 vs. 26.8 ± 2.8; p = 0.02). Negative RC scores were significantly higher in the COPD group than in the control group (p = 0.01). Negative RC showed an inverse association with six-minute walk distance (6MWD; r = −0.3; p < 0.05) and a direct association with depressive symptoms (r = 0.2; p < 0.03). Positive RC correlated with none of the variables studied. Multiple regression analysis showed that negative RC was associated with 6MWD (coefficient = −0.009; 95% CI: −0.01 to −0.003). 6MWD explained the variance in negative RC in a linear fashion. Conclusions:
Patients with COPD employ negative RC more often than do healthy individuals. Exercise capacity and depressive symptoms are associated with negative RC.
RESUMO Objetivo:
Comparar o coping religioso (CR) entre pacientes portadores de DPOC e indivíduos saudáveis e investigar associações entre CR e características demográficas, qualidade de vida, depressão e gravidade da doença nesses pacientes. Métodos:
Estudo transversal realizado entre 2014 e 2016 com pacientes ambulatoriais com DPOC moderada a grave de dois hospitais em Fortaleza (CE) e controles saudáveis pareados por sexo e idade. A escala Brief RCOPE avaliou a CR de todos os participantes. O grupo DPOC também foi avaliado quanto a sintomas, qualidade de vida e depressão e foi submetido a espirometria e teste de caminhada de seis minutos (TC6). Resultados:
Foram avaliados 100 pacientes, com média de idade de 67,3 ± 6,8 anos (54% homens). A média dos escores de CR positivo no grupo DPOC foi significativamente maior que a de CR negativo (27,17 ± 1,60 vs. 8,21 ± 2,12; p = 0,001). A média dos escores de CR positivo foi significativamente maior nas mulheres que nos homens (27,5 ± 1,1 vs. 26,8 ± 2,8; p = 0,02). O grupo DPOC apresentou escores de CR negativo significativamente maiores que os controles (p = 0,01). O CR negativo apresentou uma associação inversa com a distância percorrida no TC6 (DTC6; r = −0,3; p < 0,05) e uma associação direta com sintomas depressivos (r = 0,2; p < 0,03). O CR positivo não apresentou correlações com nenhuma variável estudada. A análise de regressão múltipla mostrou que CR negativo associou-se com DTC6 (coeficiente = −0,009; IC95%: −0,01 a −0,003). A DTC6 explicou linearmente a variação do CR negativo. Conclusões:
Pacientes com DPOC utilizam CR negativo mais frequentemente que indivíduos saudáveis. A capacidade de exercício e sintomas depressivos estão associados a CR negativo.