Participação paterna no cuidado durante o primeiro ano de vida
Paternal involvement in child care during the first year

Pensando fam; 23 (1), 2019
Publication year: 2019

Realizou-se um estudo com o objetivo de compreender como se dá a participação paterna no cuidado durante o primeiro ano de vida em famílias de um bairro de baixa renda atendido pelo Programa de Saúde da Família.

O cuidado infantil é compreendido desde uma teoria geral que integra:

gênero, construção de projetos de pessoa e horizontes para as práticas de saúde. Utilizou-se o método Bick de observação da relação mãe-bebê em visitas semanais a duas famílias durante 12 meses. Encontrou-se permanências nas relações de gênero expressas em escassa participação paterna no cuidado e no trabalho doméstico, que coexiste com uma maior presença dos homens na relação com serviços de saúde, especialmente quando se trata de demandas que envolvem contato com espaços públicos como consultas médicas e compra de medicamentos. Em paralelo, os pais demonstram intenso afeto pelos filhos e, na construção social da pessoa, dão ênfase à autonomia do bebê desde a gestação. Destaca-se a necessidade de fortalecer práticas que incluam aos homens propiciando bem-estar na diversidade familiar.
A study on paternal participation in child care during the first year in families living in a low-income neighborhood served by the Family Health Program was carried out.

Child care is understood from a general theory that integrates:

gender, construction of person projects and horizons for health practices. The Bick method of observation of the mother-baby relationship was used in weekly visits to two families for 12 months. It was found permanence in gender relations expressed in scarce paternal participation in the care and domestic work, which coexists with a greater presence of men in relation to health services, especially when it comes to demands that involve contact with public spaces such as medical consultations and purchase of medicines. In parallel, fathers show intense affection for the children and, as part of the social construction of the person, they emphasize the autonomy of the baby since pregnancy. It is important to emphasize the need to strengthen practices that include men, promoting well-being in family diversity.

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