Basal insulin persistence in Brazilian participants with T2DM

Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 65 (10), 2019
Publication year: 2019

SUMMARY OBJECTIVE Real-world effectiveness of basal insulin therapy is affected by poor treatment persistence, often occurring soon after initiation. This analysis is part of an international cross-sectional study conducted in T2DM patients and is intended to describe the reasons behind non-persistence to insulin therapy in Brasil. METHODS Responders to an online survey in seven countries were classified as continuers (no gap of ≥7 days), interrupters (interrupted therapy for ≥7 days within first 6 months, then restarted), and discontinuers (terminated therapy for ≥7 days within first 6 months, and did not start it again before the survey). We present the results from the Brazilian cohort. RESULTS Of 942 global respondents, 156 were from Brasil, with a mean age of 34 years and a mean of 5.8 years since T2DM diagnosis. Reasons contributing to insulin continuation (n=50) were improved glycemic control (82%) and improved physical feeling (50%). Common reasons for interruption (n=51) or discontinuation (n=55) were, respectively, weight gain (47.1%, 43.6%), hypoglycemia (45.1%, 38.2%), and pain from injections (39.2%, 49.1%). However, not all patients who reported weight gain and hypoglycemia as a reason for interruption or discontinuation experienced these: 16/24 (66.7%) and 22/24 (91.7%) participants had weight gain, and 13/23 (56.5%) and 15/21 (71.4%) had hypoglycemia, respectively. The most important reason for possible re-initiation for interrupters and discontinuers, respectively, was persuasion by the physician/HCP (80.4%, 72.7%). CONCLUSION The benefits of basal insulin therapy motivated continuers to persist with the treatment; experienced or anticipated side effects contributed to interruption and discontinuation. Physician and patient training is key in the treatment of diabetes.
RESUMO OBJETIVO Dados de vida real sobre como a eficácia da terapia com insulina é afetada pela baixa persistência ao tratamento que ocorre logo após o início da terapia. Esta análise é a parte brasileira de um estudo transversal internacional conduzido em pacientes com DM2 que teve como objetivo descrever as razões relacionadas à não persistência ao tratamento com insulina. METODOLOGIA O estudo realizado em sete países por meio de questionários on-line classificou como pacientes continuadores (aqueles que não apresentaram intervalo ≥7 dias sem uso da insulina), interrompedores (interromperam a terapia por ≥7 dias nos primeiros seis meses de uso, depois recomeçaram) e descontinuadores (interromperam a terapia por ≥7 dias nos primeiros seis meses de uso e não retornaram). Nesta análise descrevemos os dados da coorte brasileira. RESULTADOS Dos 942 pacientes incluídos, 156 eram do Brasil, com idade média de 34 anos e média de seis anos desde o diagnóstico de DM2. Razões que contribuíram para o uso contínuo da insulina (n=50) foram a melhora do controle glicêmico (82%) e a melhora no estado geral (50%). Razões para a interrupção (n=51) ou para a descontinuação (n=55) foram, respectivamente, ganho de peso (41,7%, 43,6%), hipoglicemia (45,1%, 38,2%) e dor à aplicação (39,2%, 49,1%). Entretanto, nem todos os pacientes que reportaram ganho de peso e hipoglicemia como possível razão para interrupção ou descontinuação realmente apresentaram esses eventos: 16/24 (66,7%) e 22/24 (91,4%) dos participantes apresentaram ganho de peso e 13/23 (56,6%) e 15/21 (71,4%) apresentaram hipoglicemia, respectivamente. A razão mais importante para o possível recomeço entre os interrompedores e descontinuadores foi a persuasão de médicos/profissionais de saúde (80,4% e 72,7%, respectivamente). CONCLUSÕES Os benefícios do tratamento com insulina basal motivaram continuadores a persistir com a terapia; a experiência ou a antecipação de eventos adversos contribuíram para a interrupção e descontinuação. O treinamento de médicos e pacientes é um dos pilares fundamentais do tratamento do diabetes.

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