Constipation in patients with myofascial pain syndrome as important aspect for clinical and nutritional treatment: A case-control study
Constipação em pacientes com síndrome dolorosa miofascial como importante aspecto para o tratamento clínico e nutricional: um estudo caso-controle
Rev. Nutr. (Online); 30 (5), 2017
Publication year: 2017
ABSTRACT Objective To identify the occurrence of constipation in patients with myofascial pain syndrome and to correlate these disorders with the clinical and nutritional variables. Methods This report describes a case-control study performed with 98 adults of both sexs, including 49 patients and 49 individuals without pain. The intensity of the reported pain was evaluated using the Pain Visual Analog Scale, which provided a simple and efficient measurement of pain intensity consisting of a 10cm horizontal line with the ends marked "absence of pain" and "worst possible pain". The occurrence of constipation was evaluated using the Rome III criteria. A multivariate linear regression was proposed to investigate risk factors between the frequency of bowel movements per week and independent variables this study. Results The mean ages of the patients and controls were 45.9 (7.6) years and 41.2 (12.2) years, respectively. The intensity of the reported pain showed a mean of 7.3 (1.6) points. The likelihood of exhibiting constipation was 4.5 times higher in the patients than in the controls (p=0.001). The number of stools per week was negatively correlated with the intensity of the reported pain (r=-0.613, p<0.001). The use of benzodiazepines was negatively correlated with the frequency of bowel movements per week, while the use of muscle relaxants appeared to increase the frequency of defecation when combined with the use of benzodiazepines and adjusted for the intake of fiber, water and sexs (p=0.037). Conclusion Constipation was a frequent nosological entity in this patient population and the persistence of a change in intestinal motility showed a significant correlation with the pain intensity and low water intake. The reduction of the number of stools per week seems to be associated with the use of benzodiazepines.
RESUMO Objetivo Identificar a ocorrência de constipação em pacientes com síndrome dolorosa miofascial e correlacionar essa desordem da motilidade intestinal com variáveis clínicas e nutricionais. Métodos Trata-se de um estudo de caso-controle, realizado com 98 indivíduos adultos de ambos os sexos, sendo 49 pacientes e 49 indivíduos sem dor. A intensidade da dor foi avaliada usando a Escala Visual Analógica de Dor, que forneceu uma medida simples e eficaz de intensidade da dor, e consiste em uma linha horizontal de 10cm com as extremidades marcadas "ausência de dor" e "pior dor possível". A ocorrência de constipação foi avaliada utilizando os critérios de Roma III. Uma regressão linear multivariada foi proposta para investigar fatores de risco entre a frequência de dejeções por semana e demais variáveis independentes do estudo. Resultados A média da idade dos pacientes e controles foi de 45,9 anos ± 7,6 DP e 41,2 anos ± 12,2 DP, respectivamente. A intensidade da dor referida mostrou uma média de 7,3 pontos ± 1,6 DP. A probabilidade de exibir a constipação foi 4,5 vezes maior nos pacientes com dor miofascial que nos indivíduos do grupo controle (p=0,001). A frequência de dejeções semanais relatada pelos pacientes apresentou correlação negativa com a intensidade da dor (r=-0,613, p<0,001). O uso de benzodiazepínicos foi negativamente correlacionado com a frequência de dejeções por semana, enquanto que o uso de relaxantes musculares aumentou a frequência de dejeções quando combinado com o uso de benzodiazepínicos, e ajustado pela ingestão de fibras, água e sexo (p=0.037). Conclusão A constipação foi uma entidade nosológica frequente no grupo de pacientes com dor miofascial. A alteração na motilidade intestinal mostrou uma correlação significativa com a intensidade da dor e a baixa ingestão hídrica. A redução do número de dejeções por semana parece estar associada ao uso de benzodiazepínicos.