Perception versus intake of fruit and vegetables
Percepção versus consumo de frutas e hortaliças
Rev. Nutr. (Online); 31 (2), 2018
Publication year: 2018
ABSTRACT Objective To compare perception and intake of fruit and vegetables, and to identify the factors associated with misperception of intake. Methods Cross-sectional study with 3,414 participants of the Health Academy Program from Belo Horizonte (MG), Brazil. Stages of change from Transtheoretical Model were used to evaluate perception of intake, and questions adapted from national surveys were used to assess intake of fruit and vegetables as separate groups. Individuals whose intake and perception were discordant were reclassified in pseudo-maintenance (wrongly believe their intake is adequate) or non-reflective action (wrongly believe their intake is inadequate). Results Insufficient intake of fruit and vegetables and misperception of intake were observed. Pseudo-maintenance was more prevalent, given that 45.1% of individuals were reclassified in this stage regarding their vegetable intake and 22.9% regarding fruit. According to multinomial logistic regression, pseudo-maintenance of fruit intake was associated with sex, schooling, food and nutrition security, weight satisfaction, and participation in nutrition interventions; pseudo-maintenance of vegetable intake was associated with schooling and weight satisfaction. Non-reflective action was associated with age. Conclusion An important discordance between perception and intake was found, with emphasis on pseudo-maintenance of vegetable intake. Misperception was associated with different factors regarding fruit and vegetables, including sociodemographic variables, participation in nutrition interventions, and weight satisfaction. These results can contribute to the design of interventions aligned with eating behavior, aimed to empower individuals for their food choices.
RESUMO Objetivo Este estudo tem por objetivos comparar a percepção e o consumo de frutas e hortaliças, bem como identificar os fatores associados à percepção equivocada do consumo. Métodos Trata-se de estudo transversal com 3.414 participantes do Programa Academia da Saúde de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, Brasil. Os estágios de mudança do Modelo Transteórico foram utilizados para investigar a percepção do consumo, bem como foram adaptadas questões de inquérito nacional para avaliar objetivamente o consumo desses alimentos em separado. Indivíduos com consumo e percepção discordantes foram reclassificados em pseudomanutenção (acreditam, equivocadamente, que seu consumo é adequado) ou em ação não-refletiva (acreditam, equivocadamente, que seu consumo é inadequado). Resultados Observou-se ingestão insuficiente de frutas e hortaliças e elevada percepção equivocada do consumo. Pseudomanutenção foi mais prevalente, sendo 45.1% dos indivíduos reclassificados para o consumo de hortaliças e 22.9% para frutas. Segundo regressão logística multinomial, foram associados à pseudomanutenção para consumo de frutas: sexo, escolaridade, segurança alimentar e nutricional, satisfação com o peso corporal e participação em intervenções nutricionais; e, para hortaliças, escolaridade e satisfação com o peso corporal. Apenas idade foi significativa para ação não-refletiva. Conclusão Verificou-se elevada discordância entre percepção e consumo, com destaque para hortaliças e reclassificação em pseudomanutenção. A percepção equivocada foi associada a diferentes fatores, incluindo variáveis sociode-mográficas, participação em intervenções nutricionais e satisfação com o peso corporal. Tais resultados podem contribuir para o delineamento de intervenções mais alinhadas com o comportamento alimentar, visando o empoderamento dos indivíduos para suas escolhas alimentares.