Ultra-processed food consumption and obesity in adolescents
Consumo de alimentos ultraprocessados e obesidade em adolescentes
Rev. Nutr. (Online); 32 (), 2019
Publication year: 2019
ABSTRACT Objective To evaluate the relationship between ultra-processed food consumption and obesity indicators in adolescents. Methods Cross-sectional study with a convenience sample of 200 10- to 18-year-old adolescents from Campinas, São Paulo (SP). Usual dietary intake was determined through a semiquantitative food frequency questionnaire. Daily intake of each food was obtained from the intake frequency. Subsequently, foods were classified as raw and minimally processed, cooking ingredients or ultra-processed foods, and their caloric contribution to the total energy value was calculated. Sociodemographic and anthropometric variables were also investigated. Overweight was defined as Z-score>+1 and obesity was defined as Z-score>+2 according to the Body Mass Index per age group. The associations were tested by chi-square test and linear trend. Results The frequency of obesity was 47.0%, and 21.5% presented increased waist circumference. The average energy intake was 4,176kcal/day, of which 50.6% was derived from ultra-processed foods. The categories with the highest caloric contributions among ultra-processed foods were industrial loaves/cakes (16.2%), sweets and candy (6.2%), pastas (6.0%) and sweetened drinks (5.1%). No association was found between ultra-processed food consumption and anthropometric indicators. Conclusion The significant contribution of ultra-processed foods to daily calories is evidence of a poor diet of this population of young people, although this has not been shown as a factor associated with excess weight. Therefore, there is an urgent need for public policies that discourage the consumption of these products and encourage the return to a traditional diet.
RESUMO Objetivo Avaliar a relação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e indicadores de obesidade em adolescentes. Métodos Estudo transversal com amostra de conveniência de 200 adolescentes de 10 a 18 anos, de Campinas (SP). O consumo alimentar habitual foi obtido por meio de um questionário de frequência alimentar semiquantitativo. A partir da frequência de consumo foi obtido o consumo diário de cada alimento. Posteriormente os alimentos foram classificados em in natura e minimamente processados, ingredientes culinários e alimentos ultraprocessados e calculada sua contribuição calórica no valor energético total. Variáveis sociodemográficas e antropométricas também foram investigadas. O sobrepeso foi definido por meio do escore Z>1 e a obesidade escore Z>2 segundo o Índice de Massa Corporal para idade. As associações foram testadas pelo teste qui-quadrado e de tendência linear. Resultados A frequência de obesidade foi de 47,0% e 21,5% apresentaram circunferência da cintura aumentada. O consumo médio de energia foi de 4.176kcal/dia, sendo 50,6% provenientes de ultraprocessados. As categorias com as maiores contribuições calóricas entre os ultraprocessados foram os pães/bolos industrializados (16,2%), doces e guloseimas (6,2%), massas (6,0%) e bebidas adoçadas (5,1%). Não observou-se associação entre o consumo de ultraprocessados e indicadores antropométricos. Conclusão A expressiva contribuição dos ultraprocessados nas calorias diárias evidencia a qualidade ruim da alimentação dos jovens, embora não tenha se mostrado como fator associado ao excesso de peso. Ressalta-se a necessidade urgente de políticas públicas que desestimulem o consumo destes produtos e incentivem o resgate da alimentação tradicional.