Preliminary observations on the effect of sudden changes of temperature on survival of young Matrinxã (Brycon cephalus) under laboratory conditions
Observações preliminares sobre o efeito de mudanças bruscas de temperatura na sobrevivência de juvenis de Matrinxã (Brycon cephalus) em condições de laboratório

Acta amaz; 33 (4), 2003
Publication year: 2003

Matrinxã is a very promising amazonian fish for fish culture in Brazil. This study is aimed at determining the approximate tolerated temperature range in this species. Groups of ten young matrinxã specimens (15.1±0.8 cm average length and 58.3±10.3 g average weight) were subjected to 9 different temperatures for 24 hours without previous acclimation. Fish were transferred from an initial temperature of 27ºC to those ranging from 12 to 39ºC at 3ºC intervals. Both 12ºC and 39ºC temperatures were lethal for this species with 100 percent mortality rate. Following 2 minutes of exposure to 39ºC fish changed behavior, showing an increase in opercular movements and erratic swimming; mortality reached 100 percent after 18 minutes. At 12ºC, fish lost equilibrium immediately after exposure and started swimming erratically; after only 4 minutes fish became lethargic and remained immobile on the bottom of the tank. Total mortality was only evident following 24 hours. At 15ºC matrinxã lost equilibrium after 5 to 6 minutes of exposure but mortality was only 20 percent after 24 hours. Fish tolerated well temperatures ranging from 18 to 36ºC with 100 percent survival after 24 hours. This preliminary study suggests that temperatures between 18 and 36ºC are the approximate range normally tolerated by this species, although survival at other temperatures may be increased by gradually acclimating fish to the more severe increases or decreases in temperature. In addition, it indicates that matrinxã may be cultivated over a wide geographical area.
O matrinxã é um peixe amazônico muito promissor para a piscicultura brasileira. Este trabalho visou determinar a amplitude aproximada de temperatura tolerada por esta espécie. Grupos de 10 matrinxãs jovens (15,1±0,8 cm de comprimento médio e 58,3±10,3 g de peso médio) foram submetidos durante 24 horas a 9 diferentes temperaturas sem aclimatação prévia. Os peixes foram transferidos de 27ºC a temperaturas que variaram de 12 a 39ºC a 3ºC de intervalo. Temperaturas de 12ºC e 39ºC foram letais para o matrinxã com 100 por cento de mortalidade. Após 2 minutos a 39ºC os peixes mudaram de comportamento aumentando os movimentos operculares e nadando erraticamente; a mortalidade foi de 100 por cento após 18 minutos. Aos 12ºC os peixes perderam o equilíbrio imediatamente após introduzidos e começaram a nadar erraticamente; após 4 minutos tornaram-se letárgicos e imóveis no fundo do tanque. Mortalidade total foi evidenciada somente após transcorridas as 24 horas. Aos 15ºC os peixes mostraram perda de equilíbrio após 5 a 6 minutos de exposição mas a taxa de mortalidade foi de apenas 20 por cento após 24 horas. Os peixes toleraram bem temperaturas entre 18 e 36ºC com 100 por cento de sobrevivência após 24 horas. Este estudo preliminar indica que temperaturas entre 18 a 36ºC são normalmente toleráveis pelos matrinxãs jovens, muito embora a sobrevivência a outras temperaturas possa ser aumentada por meio de aclimatação gradual dos peixes a aumentos e decréscimos mais severos na temperatura. Adicionalmente, o estudo indica que o matrinxã pode ser cultivado em extensa área geográfica.

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