Utilização de anti-hipertensivos e antidiabéticos no Brasil: análise das diferenças socioeconômicas. Pesquisa Nacional de Saúde 2013
Use of antihypertensive and antidiabetic medications in Brazil: an analysis of socioeconomic differences. National Health Survey, 2013
Rev. bras. epidemiol; 22 (supl.2), 2019
Publication year: 2019
RESUMO:
Objetivos: Avaliar a magnitude de desigualdades socioeconômicas e demográficas da utilização de medicamentos para controle de hipertensão arterial e diabetes mellitus na população brasileira.Método:
Foram analisados dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) conduzida no Brasil em 2013, com amostra representativa da população com idade de 18 anos ou mais. Foi estimada a utilização de medicamentos para hipertensão e diabetes segundo renda, escolaridade, raça, posse de plano de saúde e região de moradia. Também foram estimadas as razões de prevalência ajustadas por sexo e idade, por meio de regressão de Poisson.Resultados:
Entre os hipertensos, 81,4% fazem uso de medicamentos para controle da doença, sendo a utilização maior entre as mulheres, os brancos e os que têm plano de saúde. No caso de diabetes mellitus, 80,2% fazem uso de medicamentos para controlar a doença e o uso foi mais elevado entre os pacientes idosos, com maior escolaridade, com plano de saúde e da Região Sudeste. As desigualdades segundo renda e plano de saúde foram de pequena magnitude mesmo nos estratos de sexo, idade e região geográfica analisados.Conclusão:
Foi constatada utilização de medicamentos para controle da hipertensão e diabetes que pode ser considerada elevada, e as desigualdades socioeconômicas e regionais desse uso revelaram-se de magnitude não expressiva, em virtude da implementação de políticas farmacêuticas no Brasil, que visam promover maior e mais equânime acesso da população a medicamentos.ABSTRACT:
Objectives: To analyze the socioeconomic and demographic differences in medication use to control hypertension and diabetes mellitus in Brazil.Method:
Data from the National Health Survey (Pesquisa Nacional de Saúde - PNS) performed in Brazil in 2013 with a representative sample of the population aged 18years old or older were analyzed. The use of medications for hypertension and diabetes according to income, education, race, possession of a private health insurance plan and region of household were estimated. Theprevalence ratios adjusted for sex and age were also estimated using Poisson regression.Results:
81.4% of the hypertensive population used medication to control the disease. The use was higher among females, white/Caucasian individuals and those with a private health plan. In the case of diabetes mellitus, 80.2% of the population used medication to control the disease and the use was higher in elderly patients, patients with a higher level of education, patients with a private health plan, and patients in the Southeast region. Inequalities according to income and health plan were small even in the strata of sex, age and geographic region analyzed.Conclusion:
We found a high use of medication to control hypertension and diabetes. Socioeconomic inequalities in use were not expressive, probably due to medication policies that promote greater and equitable access to medicines in Brazil.
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