Youth homicide: a study of homicide predictor factors in adolescent offenders in custody in the south of Brazil
Homicídio juvenil: fatores preditores em adolescentes privados de liberdade no sul do Brasil

Trends psychiatry psychother. (Impr.); 41 (3), 2019
Publication year: 2019

Abstract Objectives To assess the sociodemographic, psychiatric and criminal profile of adolescent offenders complying with temporary custody for homicide/homicide attempt and to compare it to that of the population of adolescents in custody for other crimes. Methods This cross-sectional study was based on the review of the medical records of 74 juvenile offenders in temporary custody at socioeducational agency Fundação de Atendimento Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul. For the analysis, variables that presented p < 0.2 were included in multivariate adjustment through logistic regression. Results The sample comprised males only, mostly with white skin color (55.6 vs. 57.9% for homicidal and non-homicidal, respectively) and with a high prevalence of school failure (77.8 vs. 91.2%). There was a high prevalence of family history of delinquency (88 vs. 81%). Only years of study and belonging or not to a criminal organization remained statistically significant in the multivariate model. Conclusion The results show that having fewer years of study and denying belonging to a criminal organization are predictive factors of homicidal behavior in adolescent offenders (both with statistical relevance). The other variables were not statistically significant for this outcome. The present study may serve as a basis for further research, which may improve our understanding of risk factors for juvenile homicide.
Resumo Objetivos Avaliar o perfil sociodemográfico, psiquiátrico e criminal de adolescentes infratores que cumprem internação provisória por homicídio ou tentativa de homicídio e compará-los aos adolescentes privados de liberdade por outros atos infracionais. Métodos Este estudo transversal baseou-se na revisão dos prontuários médicos de 74 adolescentes infratores em internação provisória na Fundação de Atendimento Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul. Para a análise, variáveis que apresentaram p <0,2 foram incluídas no ajuste multivariado por meio de regressão logística. Resultados A amostra foi composta apenas por homens, a maioria de pele branca (55,6 versus 57,9% para homicidas e não-homicidas, respectivamente) e com alta prevalência de reprovações escolares (77,8 vs. 91,2%). Houve alta prevalência de antecedentes familiares de delinquência (88 versus 81%). Apenas anos de estudo e pertencimento ou não a uma organização criminosa permaneceram estatisticamente significantes no modelo multivariado. Conclusão Os resultados mostram que ter menos anos de estudo e negar pertencer a uma organização criminosa foram fatores preditivos de comportamento homicida em adolescentes infratores (ambos com relevância estatística). As demais variáveis não foram estatisticamente significativas para esse desfecho. O presente estudo pode servir como base para futuras pesquisas, o que pode melhorar nossa compreensão dos fatores de risco para o homicídio juvenil.

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