Adesão e rejeição à consulta puerperal por mulheres de uma unidade básica de saúde da família
Adherence and rejection of puerperal Consultation by women of a basic health unit

Arch. Health Sci. (Online); 26 (1), 2019
Publication year: 2019

Introdução:

A primeira consulta puerperal deve ser realizada de sete a dez dias após o parto para uma completa avaliação da mãe e do recém-nascido, indicando precocemente alterações inesperadas, prevenindo agravos e controlando as taxas de morbimortalidade da criança e da mulher. Contudo, apesar de prioridade no âmbito de saúde pública, o retorno da mulher e a primeira ida do filho às consultas pós-parto ainda são reduzidas.

Objetivo:

Identificar a motivação da adesão e rejeição da primeira consulta puerperal por mulheres atendidas em uma Unidade Básica de Saúde.

Casuística e Métodos:

Estudo descritivo retrospectivo realizado com a população de 65 mulheres de uma Unidade Básica de Saúde em Campo Grande, MS, Brasil, selecionadas pelo registro no caderno de pré-natal com a Data Provável do Parto delimitada entre fevereiro de 2017 e fevereiro de 2018. Para coleta de dados, foi aplicado um questionário avaliando o período gestacional e o porquê da presença nas consultas puerperais.

Resultados:

Das 65 mulheres entrevistadas, 47 (72,31%) encontrava-se entre 18 e 30 anos de idade e apenas 7 (10,77%) concluiu o ensino superior. Além disso, as intercorrências neonatais (32,15%) e maternas (25%) sobressaem às taxas de consultas agendadas (42,85%). Adicionalmente, a falta de informação relacionada à importância da consulta puerperal e à necessidade de retorno (13,52%) é o primeiro motivo de rejeição à consulta puerperal no período preconizado.

Conclusão:

O incentivo e a relação profissional com a comunidade são os principais motivadorespara a adesão à consultapuerperal correta.Orienta-se melhorar a atuação profissional no pré-natal a fim de solidificar elos de confiança e aumentar o número de retornos às consultas no pós-parto.

Introduction:

The first puerperal visit should be performed seven to ten days postpartum for a complete evaluation of the mother and the newborn, indicating early unexpected changes, preventing injuries and controlling the morbidity and mortality rates of child and woman. However, despite the public health priority, the return of the woman and the child’s first visit to postpartum consultations are still low.

Objective:

To identify the motivation for adherence and rejection of the first puerperal consultation by women from a Basic Health Unit.

Patients and Methods:

We carried out a descriptive retrospective study performed on the population of 65 women from a Basic Health Unit in Campo Grande, MS, Brazil, selected for registration in the prenatal care book and with the Probable Childbirth Date delimited between February of 2017 and February of 2018. For data collection, a questionnaire was applied evaluating the gestational period and the reason for the presence in the puerperal consultations.

Results:

Of the 65 women interviewed, ages ranged from 18 to 30 years-old (n=7; 72.31%)> regarding schooling only 7 (10.77%) completed higher education. In addition, the neonatal (32.15%) and maternal (25%) complications stand out at the rates of scheduled appointments (42.85%). In addition, the lack of information related to the importance of puerperal consultation and the need for follow-up(13.52%) is the first reason for rejection to the puerperal consultation in the period recommended.

Conclusion:

The incentive and the relation between health professional and the community are the main motivators for the adherence to correct puerperal consultation. It is to improve the professional performance in prenatal care in order to solidify reliable links and increase the number of returns to postpartum consultations.

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