Análise da presença de formol e avaliação do ph de alisantes capilares
Analysis of presence of formol and ph assessment in hair straighteners

Arq. ciências saúde UNIPAR; 23 (3), 2019
Publication year: 2019

O processo de alisamento capilar é uma prática comum realizada nos salões de beleza. O procedimento exige a utilização de substâncias com capacidade de rompimento das cadeias dissulfídricas da fibra capilar com posterior modelamento para o efeito desejado, sendo o formol um dos compostos mais utilizados para esta finalidade, porém indevidamente. De acordo com a legislação vigente, o formol só pode ser utilizado em produtos cosméticos com a função de conservante em uma concentração máxima de 0,2%. Devido a seu uso incorreto em produtos capilares o presente trabalho teve como objetivo realizar uma análise semi-quantitativa da presença de formol em amostras de alisantes capilares, bem como verificar o pH destes produtos. Foram obtidas 22 amostras de alisantes capilares doadas por salões de beleza da região de Umuarama - PR. A determinação da presença de formol foi realizada através da reação de Shiff e comparação com escala colorimétrica de concentrações padronizadas de formaldeído variando de 0,005% a 10%. A verificação do pH foi realizada através da preparação de soluções aquosas de 10% do alisante e posterior aferição em pHmetro digital. Das amostras analisadas, verificou-se 22,72% encontraram-se em conformidade, apresentando quantidade de formaldeído adequada com a legislação (até 0,2%) ou ausência do composto, enquanto que 77,28% apresentaram valores acima do permitido. Já o pH adequado foi constatado em apenas 13,64% amostras. O uso incorreto ou exagerado do formol pode acarretar danos à saúde, como cefaléia, dispnéia, queimadura, edema pulmonar e até câncer. Uma maior fiscalização deve ser realizada nos estabelecimentos que realizam procedimentos de alisamento capilar, bem como nas indústrias produtoras e ainda em importadoras, para uma melhor garantia do cumprimento da legislação tanto para a preservação da saúde dos profissionais quando dos usuários.
The hair-straightening process is a common practice in most beauty salons. The procedure requires the use of substances capable of disrupting the disulfide chains of the hair fiber with subsequent modeling for the desired effect, with formaldehyde being one of the most commonly but improperly used compounds for this purpose. According to the current legislation, formaldehyde can only be used in cosmetic products as a preservative function in a maximum concentration of 0.2%. Due to its incorrect use in capillary products, this work has the purpose of developing a semi-quantitative analysis of the presence of formaldehyde in samples of hair straighteners, as well as verifying the pH of those products. Twenty-two samples of hair straighteners were donated by beauty salons from the region of Umuarama-PR. The determination of the presence of formaldehyde was performed using the Shiff reaction and compared using the colorimetric scale for standard formaldehyde concentrations varying from 0.005% to 10%. The pH verification was carried out by the preparation of 10% aqueous solutions of the straightener and subsequent measurement in a digital pH meter. From the analyzed samples, 22.72% were found to be in compliance, presenting the amount of formaldehyde within the legislation (up to 0.2%) or absence of the compound, while 77.28% presenting values above the legal limitations. Additionally, adequate pH was verified in only 13.64% of the samples. Incorrect or exaggerated use of formaldehyde can lead to health issues, such as headache, dyspnea, burns, pulmonary edema and even cancer. Greater surveillance should be carried out in establishments that perform hair straightening procedures as well as in the producing and importing industries in order to guarantee better compliance with the legislation both for the preservation of the health of professionals and users alike.

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