Microrganismos multirresistentes nas mãos de profissionais de saúde em Unidades de Terapia Intensiva
Multidrug-resistant microorganisms in Intensive Care Units hands of health care workers
Microorganismos multirresistentes en las manos de profesionales de salud en Unidades de Cuidado Intensivo

Rev. epidemiol. controle infecç; 9 (3), 2019
Publication year: 2019

Justificativa e Objetivos:

A relação dos microrganismos multirresistentes com as infecções hospitalares deixam poucas expectativas para o futuro, por isso este estudo teve como objetivo identificar os microrganismos presentes nas mãos dos profissionais em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e seu papel nas infecções hospitalares.

Métodos:

Foram coletadas amostras das mãos dos profissionais de saúde de UTI adulto e neonatal, utilizando o método do saco estéril de polietileno seguido de análises microbiológicas.

Resultados:

Foi coletado um total de 51 amostras, 26 de UTI adulto e 25 de UTI neonatal, sendo 56,8% de profissionais da enfermagem. Foi realizado o isolamento de bactérias, em que cerca de 60% dos voluntários apresentaram contaminação das mãos por microrganismos da microbiota transitória, e em sua maioria resistentes aos β-lactâmicos, inclusive com perfil ESBL (54,5%), principalmente Enterobacter spp., Klebsiella pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa.

Conclusão:

Estes resultados demonstram que microrganismos associados às infecções hospitalares estão presentes nas mãos dos profissionais de saúde, e que, para tanto, a higienização das mãos está sendo deficiente ou negligenciada. Para diminuir as taxas de infecção hospitalar são necessários vários fatores, como educação continuada, monitoramento da adesão à pratica de higiene das mãos, manutenção e instalação de equipamentos, além do uso racional de antibióticos.(AU)

Background and Objectives:

The relation of multidrug-resistant organisms with nosocomial infections leave few expectations for the future, so this study aimed to identify the microorganisms present in the hands of professionals in intensive care units (ICU) and their role in hospital infections.

Methods:

Samples from the hands of adult and neonatal ICUs health professionals were collected using the method of sterile polyethylene bag followed by microbiological analyses.

Results:

A total of 51 samples were collected, 26 of the adult ICU and 25 of the neonatal ICU, of which 56.8% were nursing staff. Isolation of bacteria was carried out, in which approximately 60% of the volunteers presented contamination of the hands by microorganisms of the transient microbiota, and most of them resistant to β-lactams, including ESBL (54.5%), mainly Enterobacter spp., Klebsiella pneumoniae and Pseudomonas aeruginosa.

Conclusion:

These results demonstrate that microorganisms associated with nosocomial infections are present in the hands of health care professionals, and that hence, the hands hygiene is being deficient or neglected. To the reduction of nosocomial infection rates are needed several factors such as continuing education, monitoring of adherence to the practice of hand hygiene, maintenance, equipment installation and rational use of antibiotics.(AU)

Justificación y Objetivos:

La relación entre los microorganismos multirresistentes y las infecciones hospitalarias dejan pocas expectativas para el futuro, por lo que este estudio tuvo como objetivo identificar los microorganismos presentes en las manos de los profesionales en unidades de cuidados intensivos (UCI) y su papel en las infecciones hospitalarias.

Métodos:

Se recogieron muestras de las manos de los profesionales de salud de UCI de adultos y neonatal, utilizando el método de la bolsa estéril de polietileno seguido de análisis microbiológicos.

Resultados:

Se recogió un total de 51 muestras, 26 de UCI de adultos y 25 de UCI neonatal, siendo el 56,8% de profesionales de enfermería. Se realizó el aislamiento de bacterias, en el que cerca del 60% de los voluntarios tenían las manos contaminadas por microorganismos de la microflora transitoria, y su mayoría eran resistentes a betalactámicos, incluyendo el perfil ESBL (54,5%), principalmente Enterobacter spp., Klebsiella pneumoniae y Pseudomonas aeruginosa.

Conclusión:

Los resultados demuestran que microorganismos asociados a las infecciones hospitalarias están presentes en las manos de los profesionales de salud, y que la higienización de las manos está siendo deficiente o descuidada. Para reducir las tasas de infección hospitalarias necesitan varios factores, tales como la formación continua, el seguimiento de la adherencia a la práctica de la higiene de las manos, el mantenimiento, la instalación de equipos y el uso razonable de los antibióticos.(AU)

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