Arch. Health Sci. (Online); 25 (1), 2018
Publication year: 2018
Introdução:
A busca por novos agentes terapêuticos tem incentivado as pesquisas com plantas medicinais, pois muitas delas podem apresentar propriedade antimicrobiana e conhecer o potencial citotóxico dos extratos é fundamental para garantir a segurança durante o uso. Objetivo:
Avaliar a atividade antimicrobiana e a citotoxicidade hemolítica de Arctium lappa (bardana), Equisetum arvense (cavalinha), Mikania glomerata (guaco), Morus nigra (amora) e Plantago major (tanchagem), amplamente consumidos pela população na forma de chás medicinais. Material e Métodos:
Os extratos etanólicos fora preparados a 20% por percolação. Na avaliação antimicrobiana foi utilizada a técnica de difusão em disco, empregando as bactérias Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Proteus mirabilis, Klebsiella pneumoniae, Acinetobactersp, Enterococcus sp e Salmonella sp. O ensaio de citotoxicidade baseou-se na exposição dos extratos a 5%, 25%, 50%, 75% e 100% em suspensão de hemácias a 37ºC por 30 minutos, seguido de centrifugação e visualização do grau de hemólise. Resultados:
Todos os extratos apresentaram inibição de crescimento microbiano, principalmente sobre Acinetobacter sp (amora), Enterococcus sp (amora e cavalinha), K. pneumoniae(amora, bardana e guaco), P. aeruginosa (cavalinha, tanchagem, bardana e guaco) e Salmonellasp (amora e bardana). No ensaio de citotoxicidade, o grau de hemólise foi classificado como baixo para tanchagem e bardana (5%) e médio para cavalinha, guaco e amora (25%) nas concentrações testadas. Conclusão:
Os resultados mostram o potencial antimicrobiano dos extratos de amora, bardana, cavalinha, guaco e tanchagem contra bactérias Gram negativas e a baixa citotoxicidade hemolítica confirma a segurança no uso dos mesmos como agentes terapêuticos.