O lazer e o tempo do não trabalho no capitalismo: as ilusões do consumo
Leisure and the time of not working in capitalism: the illusions of consumption

Licere (Online); 22 (3), 2019
Publication year: 2019

A sociedade organizou-se social e economicamente tendo a categoria trabalho como seu alicerce. Em sua centralidade, o trabalho nos humanizou e nos desumanizou, nos liberou dos limites impostos pela natureza, mas ao mesmo tempo nos aprisionou na era do valor e do consumo, no capitalismo. Em uma sociedade de produção maciça, o tempo de não trabalhar é em grande medida um tempo de consumo. O direito ao tempo livre foi uma das reivindicações da classe trabalhadora brasileira a partir da promulgação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943. Nos tempos atuais, o lazer é visto como um tempo de fruição e do prazer individual, alicerçado no mito do bem-estar. Diante do cenário apresentado, o objetivo deste artigo é colocar em questão a sociedade fundamentada no consumo e no trabalho, tendo em vista que o lazer também se enquadra como uma forma de apropriação do tempo de não trabalho por parte do capital.
Society organized itself socially and economically with the category of work as its foundation. In its centrality, labor has humanized us and dehumanized us, liberated us from the limits imposed by nature, but at the same time imprisoned us in the era of value and consumption, in capitalism. In a mass production society, the time of not working is largely a time of consumption. The right to free time was one of the demands of the Brazilian working class since the enactment of the Consolidation of Labor Laws (CLT) in 1943. Nowadays, leisure is seen as a time of enjoyment and individual pleasure, grounded in myth Of well-being. In view of the presented scenario, the objective of this article is to question the society based on consumption and work, considering that leisure also fits as a way of appropriating the time of not working on the part of the capital.

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