Rev. bras. cancerol; 65 (2), 2019
Publication year: 2019
Introdução:
O câncer é uma doença de origem multifatorial, com crescimento irregular e descontrolado de células, cujo tratamento pode desencadear aversões alimentares e mudanças na qualidade de vida. Objetivo:
Avaliar a influência do tratamento quimioterápico no comportamento alimentar e na qualidade vida de pacientes oncológicos. Método:
Estudo longitudinal e observacional, realizado de junho a outubro de 2018, no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí. Os dados foram obtidos em dois momentos:
T0, socioeconômicos, demográficos, clínicos, de comportamento alimentar e qualidade de vida; e T1, de comportamento alimentar e qualidade de vida. Foram utilizados os testes Shapiro-Wilk, t-Student e Wilcoxon; Pearson e Spearman com p< 0,05. Resultados:
Dos 17 pacientes, a maioria era do sexo feminino (82,4%), média de 54,2 anos, renda familiar de um a dois salários mínimos (64,7%) e de etnia parda (76,5%). O câncer mais frequente foi o de mama (52,9%). Houve aversões alimentares em T1 para:
“sopas e massas” (p=0,001), “carnes e peixes” (p=0,016), e “doces, sobremesas e aperitivos” (p=0,001). Houve diferença significativa na qualidade de vida quanto à medida global de saúde (p=0,001) e dificuldade financeira (p=0,026), assim também como nas correlações entre qualidade de vida e comportamento alimentar. Conclusão:
Os resultados reforçam a necessidade de constante monitoramento nutricional desde o início do tratamento quimioterápico com o intuito de evitar e/ou reduzir suas repercussões negativas no estado nutricional e, consequentemente, na qualidade de vida. Além disso, a realização de mais estudos, com amostra e intervalo de tempo maiores, é necessária.
Introduction:
Cancer is a multifactorial disease with uncontrolled cells growth, whose treatment can trigger food aversions and changes in quality of life. Objective:
To evaluate the influence of chemotherapy treatment on eating behavior and quality of life of oncologic patients. Method:
A longitudinal and observational study, carried out from June to October of 2018, at the University Hospital of the Federal University of Piauí. The data were obtained in two moments:
T0, socioeconomic, demographic, clinical, food behavior and quality of life, and T1, food behavior and quality of life. The following tests were used:
Shapiro-Wilk, t-Student and Wilcoxon; Pearson and Spearman, with p <0.05. Results:
Of the 17 patients, the majority were females (82.4%), medium age of 54.2 years, family income of 1 to 2 minimum wages (64.7%) and ethnics, brown (76.5%). Breast cancer was the most frequent (52.9%). There were food aversions in T1, for “soups and pastas” (p=0.001), “meats and fish” (p=0.016), and “sweets, desserts and appetizers (p=0.001). There was a significant difference in quality of life regarding the general health status (p=0.001) and financial difficulty (p=0.026), as well as in correlations between quality of life and food behavior. Conclusion:
The results reinforce the need of constant nutritional monitoring since the beginning of the chemotherapy in order to avoid and/or reduce the negative repercussions on the nutritional status and, consequently, on the quality of life. In addition, more studies with longer time ranges and larger samples are required.
Introducción:
El cáncer es una enfermedad de origen multifactorial, con crecimiento descontrolado de células, cuyo tratamiento puede desencadenar aversiones alimenticias y cambios en la calidad de vida. Objetivo:
Evaluar la influencia del tratamiento quimioterápico en el comportamiento alimentario y en la calidad de vida de pacientes oncológicos. Método:
Estudio longitudinal y observacional, realizado de junio a octubre de 2018, en el Hospital Universitario de la Universidad Federal de Piauí. Los datos fueron obtenidos en dos momentos:
T0, socioeconómicos, demográficos, clínicos, de comportamiento alimentario y calidad de vida y T1, de comportamiento alimentario y calidad de vida. Se utilizaron las pruebas:
Shapiro-Wilk, t-Student y Wilcoxon; Pearson y Spearman, con p <0,05. Resultados:
De los 17 pacientes, la mayoría eran mujeres (82,4%), promedio de 54,2 años, ingreso familiar de 1 a 2 salarios mínimos (64,7%) y de etnia parda (76,5%). El cáncer más frecuente fue el de mama (52,9%). Se observaron aversiones alimentarias en T1, para algunos grupos de alimentos. Se observó una diferencia significativa em la calidad de vida en cuanto a la medida global de salud (p=0,001) y dificultad financiera (p=0,026), así como las correlaciones entre calidad de vida y comportamiento alimentario. Conclusión:
Los resultados refuerzan la necesidad de constante monitoreo nutricional desde el inicio del tratamiento quimioterápico con el fin de evitar y/o reducir lãs repercusiones negativas de este en el estado nutricional y en calidad de vida. Además, la realización de más estúdios com muestra e intervalo de tempo mayor, son necesarios.