Rev. bras. cir. plást; 34 (3), 2019
Publication year: 2019
Introdução:
A Úlcera de Marjolin é definida como a malignização
de cicatrizes, geralmente, crônicas, decorrentes de diversos tipos
de lesão, sendo mais comum lesões por queimaduras. Métodos:
Foi realizado levantamento bibliográfico nas plataformas BVS,
PubMed, SciELO e Cochrane, tendo como critério de inclusão
estudos publicados nos últimos 5 anos, que envolvem a espécie
humana, disponíveis na web nos idiomas inglês ou português.
Resultados:
Analisados um total de 31, dos quais apenas 6
compuseram a amostra final. Discussão:
As úlceras de Marjolin
são encontradas em cicatrizes antigas de queimaduras, podem
ocorrer em qualquer local, sendo mais comuns em membros
superiores e inferiores. O diagnóstico inicia-se com a suspeita
clínica baseada em características das lesões: lesões ulcerativas
crônicas que não cicatrizam, com bordas elevadas e endurecidas
e odor desagradável, podendo apresentar descarga purulenta.
Esse só pode ser efetivado, entretanto, por meio do histopatológico
da lesão. O período de latência entre a injúria da lesão e a sua
malignização é, em média, de 30 a 35 anos. O tratamento deve
ser individualizado, uma vez que depende de diversos fatores.
Contudo, considera-se o padrão ouro a excisão cirúrgica.
Conclusão:
O conhecimento dos profissionais de saúde acerca
dessa condição faz-se imprescindível para o melhor prognóstico
do paciente. De modo que possíveis casos de malignização não
tenham o seu diagnóstico subestimado, permita a terapêutica
adequada à minimização das recidivas, e medidas profiláticas
sejam efetivadas, no que tange à prevenção da queimadura
e à minoração de fatores de risco para a malignização.
Introduction:
Marjolin’s ulcer is defined as a malignancy within
scars that is usually chronic and results from several lesion
types, with burn injuries being the most common. Methods:
A
bibliographic survey was conducted of the Virtual Health Library,
PubMed, Scientific Electronic Library Online, and Cochrane
databases using the inclusion criteria of studies published in
the last 5 years, human studies, and published in English or
Portuguese. Results:
A total of 31 studies were analyzed, of which
only 6 were included in the final sample. Discussion:
Marjolin’s
ulcer is found in old burn scars and can occur anywhere, but it
is more common in the upper and lower limbs. The diagnosis
begins with the clinical suspicion based on lesion characteristics:
chronic unhealed ulcerative lesions with high and hardened
edges, an unpleasant odor, and purulent discharge. However,
the diagnosis can only be made histopathologically. The latency
period between injury and malignancy is 30–35 years. Although
treatment should be individualized since it depends on several
factors, surgical excision is considered the gold standard.
Conclusion:
Knowledge about this condition is essential to
better patient prognosis and prevent underestimation of
possible cases of malignancy, allowing for appropriate therapy
to minimize recurrence and enabling prophylactic measures
to prevent burn injury and reduce risk factors for malignancy.