Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo; 29 (4,Supl), 2019
Publication year: 2019
Objetivo:
Determinar a prevalência da disfunção erétil (DE) em pacientes com hipertensão arterial (HA) primária em tratamento medicamentoso e sua relação e análise do
impacto psicossocial. Métodos:
O estudo abordou homens hipertensos em tratamento
medicamentoso e idade superior a 40 anos que foram avaliados segundo o Índice Internacional de Função Erétil (IIFE- 5), Escala de Ansiedade e Depressão e um questionário sobre sua opinião quanto à relação da DE com as medicações anti-hipertensivas. A dosagem da testosterona sérica foi usada para exclusão de causas orgânicas da DE. Os dados foram analisados visando identificar o coeficiente de correlação entre as varáveis. Resultados:
Foi observada prevalência de DE em 74% dos pacientes e, destes, 43% referiram piora do desempenho sexual após uso crônico da medicação anti-hipertensiva. Não foi possível provar uma correlação direta entre o uso de anti-hipertensivos e a DE, entretanto observou-se aumento do coeficiente de correlação em função da progressão da idade dos pacientes. Os betabloqueadores mostraram maior coeficiente de correlação com a DE (25%), seguido dos inibidores da enzima conversora de angiotensina (19%). Dos pacientes, 43% foram classificados com provável diagnóstico de ansiedade ou depressão e 35% com possível diagnóstico. Conclusão:
Foi possível inferir, mas não afirmar uma correlação entre DE, HA e o uso de anti-hipertensivos
Objective:
To determine the prevalence of erectile dysfunction (ED) in patients with primary
arterial hypertension (AH) undergoing drug treatment and its relationship and analysis of
psychosocial impact. Methods:
The study addressed hypertensive men on drug treatment
and over 40 years of age who were evaluated according to the International Index of Erectile
Function (IIFE-5), Anxiety and Depression Scale, and a questionnaire about their opinion
regarding the relationship between ED and antihypertensive medications. Serum testosterone dosage was used to rule out the organic causes of ED. Data were analyzed to identify the correlation coefficient between variables. Results:
Prevalence of ED was observed in 74% of patients and, of these, 43% reported worsened sexual performance after chronic use of antihypertensive medications. It was not possible to prove any direct correlation between the use of antihypertensive drugs and ED, however an increase in the correlation coefficient was observed as a function of patients’ age progression. Beta-blockers showed higher correlation coefficient with ED (25%), followed by angiotensin-converting enzyme inhibitors (19%). 43% of patients were classified with probable diagnosis of anxiety or depression
and 35% with possible diagnosis. Conclusion:
It was possible to infer but not to affirm a
correlation between DE, HA and the use of antihypertensive drugs