ABCS health sci; 44 (3), 2019
Publication year: 2019
INTRODUÇÃO:
O aparecimento de transtornos emocionais no início da gestação é frequente, entre eles estão os sintomas depressivos (SD), como sentimento de culpa, falta de apetite e de energia. OBJETIVO:
Medir a prevalência de sintomas depressivos e fatores associados em gestantes atendidas na Atenção Básica. MÉTODOS:
Estudo epidemiológico observacional transversal, constituído por gestantes, usuárias da Atenção Básica de Caxias do Sul/RS. Os SD foram avaliados por meio Patient Health Questionnaire (PHQ-9). Realizou-se a análise bruta, onde calculou-se as razões de prevalência (RP) e respectivos intervalos de confiança (IC 95%). A comparação de variáveis categóricas ocorreu por meio do teste de Qui-Quadrado. A análise ajustada foi realizada por regressão de Poisson, utilizou-se a técnica de backwards, onde o modelo final foi construído a partir das variáveis com p ≤0,20 na análise bruta. RESULTADOS:
A amostra constituiu-se de 76 gestantes, destas 46,1% apresentaram SD. A média de idade foi de 26,6 anos (±5,95) e 72,4% estavam casadas ou em união estável. Houve associação significativa entre SD e estado civil (RP: 1,54; IC 95% 1,00-2,37; p=0,045) e a ocorrência de aborto em outras gestações (RP: 1,72; IC 95% 1,08-2,74; p=0,022). CONCLUSÃO:
Observou-se uma elevada prevalência de SD, comparando a estudos regionais, nas gestantes investigadas. Identificou-se como fatores associados ao desfecho, o estado civil e histórico de aborto, podendo trazer problemas na gestação e no pós-parto. Assim, percebe-se a necessidade de instrumentos e estratégias para identificar a presença de SD na fase inicial da gestação, para que sejam diagnosticados e tratados.
INTRODUCTION:
The onset of emotional disorders early in pregnancy is frequent, including depressive symptoms (DS) such as guilt, lack of appetite and energy. OBJECTIVE:
To measure the prevalence of depressive symptoms and associated factors in pregnant women attending primary care. METHODS:
Cross-sectional observational epidemiological study of pregnant women, who attend primary care in Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil. Depressive symptoms were assessed using Patient Health Questionnaire (PHQ-9). Gross analysis was performed, in which prevalence ratios (PR) and respective confidence intervals (CI 95%) were calculated. The comparison of categorical variables occurred through the Chi-square test. The adjusted analysis was performed by Poisson regression, using the backwards technique, where the final model was constructed from the variables with p≤0.20 in the gross analysis. RESULTS:
The sample consisted of 76 pregnant women, of these 46.1% had depressive symptoms. The average age was 26.6 years (±5.95) and 72.4% were married or in a stable union. There was a significant association between depressive symptoms and marital status (PR: 1.54; 95% CI 1.00-2.37; p=0.045) and the occurrence of abortion in other pregnancies (PR: 1.72; 95% CI 1, 08-2.74; p=0.022). CONCLUSION:
There was a high prevalence of depressive symptoms compared to regional studies in the pregnant women investigated. Factors associated with the outcome were marital status and history of abortion, which may cause problems during pregnancy and postpartum. Thus, there is a need for tools and strategies to identify the presence of depressive symptoms in early pregnancy, so that they can be diagnosed and treated.