Análise da confiabilidade de fórmulas para o cálculo de dose de antibacterianos em odontopediatria
Analysis of the reliability of formulas for calculating antibacterial doses in pediatric dentistry

RFO UPF; 24 (1), 2019
Publication year: 2019

Objetivo:

avaliar a confiabilidade de fórmulas para o cálculo da dose dos principais antibacterianos em crianças de diferentes idades e pesos, tendo como padrão-ouro as dosagens fornecidas em bulas.

Sujeitos e método:

45 crianças, com idades de 3, 6 e 9 anos, constituíram três grupos independentes. Os dados antropométricos foram obtidos por meio da análise de prontuários da Clínica de Odontologia Infantil da Faculdade Integrada de Pernambuco. As dosagens foram calculadas através das fórmulas estabelecidas a partir de parâmetros de peso, idade e superfície corporal.

Os antibacterianos selecionados para a análise foram:

Amoxicilina, Amoxicilina com clavulonato de potássio, Clindamicina, Claritromicina, Eritromicina e Azitromicina. Os dados foram submetidos ao teste paramétrico de análise de variância. Para verificar se houve diferença entre as dosagens estabelecidas por fórmulas e a dose estabelecida pela bula (padrão-ouro), foi aplicado o teste post-hoc de Tukey. Os testes estatísticos foram realizados com uma margem de erro de 5%.

Resultados:

nenhuma fórmula foi válida para todos os antibacterianos quando se comparou com a dose padrão estabelecida em bula. Os resultados apresentaram maiores variabilidades no grupo de crianças com menor idade, podendo ser considerado um risco clínico.

Conclusão:

as dosagens pediátricas dos antibacterianos obtidas por meio de fórmulas não são confiáveis para os grupos etários analisados e, portanto, não devem ser utilizadas para fins de prescrição medicamentosa. (AU)

Objective:

This cross-sectional study evaluated the reliability of formulas for calculating the dose of the main antibacterials in children of different ages and weight, and the gold standard were the dosages provided in package inserts.

Subjects and method:

Forty-five children aged 3, 6, and 9 years constituted three independent groups. The anthropometric data were obtained through the analysis of medical records of the Child Dentistry Clinic of Faculdade Integrada de Pernambuco, Brazil. The dosages were calculated using the formulas established from parameters of weight, age, and body surface. The antibacterials selected for this analysis were amoxicillin, amoxicillin with potassium clavulanate, clindamycin, clarithromycin, erythromycin, and azithromycin. The data were subjected to parametric analysis of variance. In order to verify whether there was a difference between the dosages established in the formulas and the dose established in the package insert (gold standard), Tukey’s post-hoc test was applied. The statistical tests were performed with a 5% margin of error.

Results:

No formula was valid for all antibacterials when compared to the standard dose established in package inserts. The results showed greater variability in the group of younger children, which may be considered a clinical risk.

Conclusion:

The pediatric dosages of antibacterials obtained in formulas are not reliable for the age groups analyzed and therefore should not be used for drug prescription purposes. (AU)

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