REME rev. min. enferm; 23 (), 2019
Publication year: 2019
OBJETIVO:
analisar a ocorrência de mortalidade infantil segundo critérios de evitabilidade e de vulnerabilidade social no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais.
MÉTODOS:
estudo transversal realizado com dados dos sistemas de informação do Ministério da Saúde, entre 2009 e 2014. Foi considerado o índice de vulnerabilidade social das cidades e as causas de morte foram classificadas conforme lista de causas evitáveis por intervenção do SUS. Foram calculadas as proporções, taxas corrigidas de mortalidade infantil geral e estratificadas. Diferenças foram avaliadas por meio do teste qui-quadrado em todo o período e entre os triênios 2009-11 e 2012-14.
RESULTADOS:
a taxa de mortalidade infantil média foi de 21,7 óbitos /1.000 nascidos vivos. No total, 69,5% dos óbitos foram classificados como evitáveis. Foram observadas reduções de 34,9 e 26,5% nos óbitos evitáveis por ações de atenção à mulher na gestação (p=0,00) e ao recém-nascido (p=0,04), respectivamente, e aumento de 65,8% nos óbitos evitáveis por ações de atenção à mulher no parto (p=0,01). Foi demonstrada predominância de óbitos evitáveis nos municípios de mais vulnerabilidade social (p=0,00).
CONCLUSÕES:
os resultados destacaram a importância das causas evitáveis relacionadas ao cuidado em saúde no momento do parto e, apesar das reduções observadas, na gestação e ao recém-nascido. Também evidenciaram a maior proporção de óbitos evitáveis na população mais vulnerável. O desafio de reduzir essa mortalidade indica a urgência por ações que visem à redução das desigualdades sociais, bem como a necessidade de melhorias no acesso e na qualidade dos serviços assistenciais.(AU)
Objective:
to analyze the occurrence of child mortality according to avoidability and
social vulnerability criteria in Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. Methods:
a crosssectional study conducted with data from the Ministry of Health's information systems
between 2009 and 2014. The social vulnerability index of the cities was considered
and the causes of death were classified according to the list of preventable causes
by SUS intervention. The proportions, and corrected rates of general and stratified
child mortality were calculated. The differences were assessed using the Chi-square
test, throughout the period and between the three year periods of 2009-11 and 2012-
14. Results:
the mean infant mortality rate was 19.5 deaths/1,000 live births. In the
total, 69.6% of the deaths were classified as preventable. Reductions were observed of
35.7% and 26.1% in the preventable deaths due to actions of care to women during
pregnancy (p = 0.00) and newborns (p = 0.04), respectively, and an increase of 71.3%
in preventable deaths due to actions of care to women in childbirth (p = 0.01). A
predominance of preventable deaths was demonstrated in municipalities with greater
social vulnerability (p = 0.00). Conclusions:
the results highlighted the importance
of preventable causes related to health care at delivery and, despite the observed
reductions, in pregnancy and the newborn. They also evidenced the highest proportion ...(AU)
Objetivo:
analizar la incidencia de mortalidad infantil según los criterios
de prevención y vulnerabilidad social en el Valle del Jequitinhonha, Minas
Gerais. Métodos:
estudio transversal realizado con datos de los sistemas
de información del Ministerio de Salud, entre 2009 y 2014. Se consideró el
índice de vulnerabilidad social de las ciudades y las causas de muerte se
clasificaron según la lista de causas evitables por intervención del SUS. Se
calcularon las proporciones, las tasas corregidas de mortalidad infantil
general y estratificadas. Las diferencias se evaluaron mediante la prueba
de chi-cuadrado durante todo el período y entre los trienios 2009-11 y
2012-14. Resultados:
la tasa promedio de mortalidad infantil era de 21,7
muertes / 1.000 nacimientos vivos. En total, el 69,5% de las muertes se
clasificaron como evitables. Se observaron reducciones de 34,9 y 26,5% en
muertes prevenibles debido a acciones de atención de las mujeres durante
el embarazo (p = 0.00) y recién nacidos (p = 0,04), respectivamente, y un
aumento de 65, 8% en muertes evitables mediante acciones de atención
a mujeres en el parto (p = 0.01). La prevalencia de muertes evitables se
demostró en municipios con mayor vulnerabilidad social (p = 0,00).
Conclusiones:
los resultados realzaron la importancia de las causas
evitables relacionadas con la atención médica en el parto y, a pesar de
las reducciones observadas, en el embarazo y el recién nacido. También
mostraron la mayor proporción de muertes evitables en la población
más vulnerable. El desafío de reducir esta mortalidad indica la urgencia
de acciones dirigidas a reducir las desigualdades sociales, así como la
necesidad de mejorar el acceso y la calidad de los servicios asistenciales.(AU)