RFO UPF; 24 (2), 2019
Publication year: 2019
Objetivo:
avaliar a associação do nível socioeconômico da família e o grau de conhecimento dos pais sobre saúde bucal e a experiência de cárie e qualidade de vida relacionada à saúde bucal de escolares de 12 anos no município de Estação, RS. Métodos:
a partir de um levantamento epidemiológico, 50 crianças (taxa de resposta: 81%) foram avaliadas por meio de exame clínico bucal, utilizando como critério de diagnóstico o índice de dentes permanentes cariados, perdidos e obturados (CPO-D), e entrevista estruturada, utilizando a versão brasileira reduzida do Child Perceptions Questionnaire 11-14 (CPQ 11-14), para medir o impacto das condições de saúde bucal na qualidade de vida. Os responsáveis responderam um questionário sobre condição socioeconômica da família, procura por atendimento odontológico e conhecimentos sobre saúde bucal. Foram considerados três desfechos distintos:
experiência de cárie, presença de cárie não tratada e a severidade do CPQ 11-14. Resultados:
a prevalência de cárie foi de 46%; desses, 24% possuíam pelo menos um dente com cavidade de cárie não tratada. A experiência de cárie e presença de lesões não tratadas foram associadas a fatores psicológicos, como a autopercepção em saúde bucal, e fatores socioeconômicos (possuir plano de saúde e tipo de serviço odontológico utilizado). Além disso, a autopercepção também se mostrou associada a fatores socioeconômicos e ao conhecimento dos pais sobre saúde bucal. Conclusão:
fatores psicossociais, nível econômico da família e conhecimentos dos pais sobre saúde bucal estão associados à ocorrência de cárie e ao maior impacto na qualidade de vida em escolares.(AU)
Objective:
this study assessed the association of the socioeconomic status of families and the knowledge of parents regarding oral health in caries experience, as well as the oral health-related quality of life of 12-year-old schoolchildren in the city of Estação, RS, Brazil. Methods:
an epidemiological survey included the assessment of 50 children (response rate: 81%) through clinical oral examinations using the index of permanent decayed, missed and filled teeth (DMF-T) as diagnostic criterion. Structured interviews were also conducted using the Brazilian short version of the Child Perceptions Questionnaire 11-14 (CPQ11-14) to measure the impact of oral health conditions on quality of life. The parents answered a questionnaire about the socioeconomic status of the family, search for dental care, and oral health knowledge. Three different outcomes were considered:
caries experience, presence of untreated caries, and severity of CPQ11-14. Results:
The prevalence of caries was 46% from which 24% presented at least one tooth with an untreated cavity. Caries experience and the presence of untreated caries were associated with psychological factors (oral health self-perception) and socioeconomic factors (having health insurance and type of dental service used). In addition, oral health self-perception was associated with socioeconomic factors and the knowledge of parents on oral health. Conclusion:
psychosocial factors, economic status of the family, and the knowledge of parents on oral health are associated with the occurrence of caries and the higher impact on the quality of life in schoolchildren.(AU)