Femina; 46 (2), 2018
Publication year: 2018
Objetivo:
O objetivo deste trabalho foi estabelecer a prevalência de violência na gestação e caracterizar o perfil do agressor. Métodos:
Estudo transversal, com entrevista a 195 puérperas internadas por meio de questionário adaptado e validado para investigar a violência doméstica. A análise foi realizada com o programa SPSS 16.0 de forma descritiva e bivariada, com o teste qui-quadrado e a razão de prevalência (IC95%). Resultados:
A prevalência geral de violência na gestação foi de 49,2%, sendo que 95,8% foram perpetradas pelo parceiro íntimo. Caracterizaram-se três tipos de violência: psicológica (85%), física (13%) e sexual (2%). Quanto ao período, 41,7% dos casos ocorreram no 1o trimestre da gestação. Os fatores das participantes relacionados com a violência na gestação foram:
não morar com sua família (p=0,001) e ter sofrido violência antes de engravidar (p=0,003). Os dados do companheiro relacionados com a violência na gestação foram:
baixa escolaridade (p=0,018), uso de drogas (p=0,003), brigas contra terceiros (p<0,001) e entre o casal (p<0,001). Conclusão:
O estudo estima uma prevalência de 49,2% de violência na gestação. Baixa escolaridade, uso de drogas, brigas contra terceiros e entre o casal são características do companheiro agressor.(AU)
Objective:
The aim of this study was to establish the prevalence of violence during pregnancy and characterize the profile of the aggressor. Methods:
Cross-sectional study, with interviews of 195 women interned, through an adapted and validated questionnaire to investigate domestic violence. The analysis was performed with SPSS 16.0 for descriptive and bivariate, with the chi-square test and the prevalence ratio (CI95%). Results:
The overall prevalence of violence during pregnancy was 49.2%, being 95.8% perpetrated by an intimate partner. It was characterized three types of violence:
psychological (85%), physical (13%) and sexual (2%). As for the period, 41.7% of cases occurred in the first trimester of pregnancy. The factors of the participants related to violence during pregnancy were:
not living with their family (p=0.001) and have suffered violence before pregnancy (p=0.003). Data from the partner related to violence during pregnancy were:
low education (p=0.018), drug use (p=0.003), fights with other people (p<0.001) and between the couple (p<0.001). Conclusion:
The study estimates a 49.2% prevalence of violence during pregnancy. Low education, drug use, fights against other people and between the couple are characteristics of the partner offender.(AU)