Frequência de lesões perineais nos partos vaginais após implementação do Programa de Humanização do Parto
Perineal injuries frequency in vaginal deliveries after the implementation of Childbirth Humanization Program
Femina; 46 (6), 2018
Publication year: 2018
Há controvérsia quanto ao uso da episiotomia por não existir consenso sobre sua realização. O
objetivo foi encontrar fatores de risco envolvidos nas lesões perineais, em uma maternidade de
baixo risco, bem como estudar a evolução do uso da episiotomia nos quatro primeiros anos de
implementação do Programa de Humanização do Parto. Foi feita uma avaliação retrospectiva
analítica, qualitativa, entre os anos de 2014 e 2017, com uma amostra de 4.303 gestantes. Percebeu-se que houve relação significativa entre a ocorrência de laceração perineal e o uso de indutores do parto. Quanto à realização da episiotomia, houve relação significativa com os fatores de
risco: primiparidade, indução, posição de litotomia e uso do fórceps. Houve também aumento
significativo na ocorrência de lacerações ao longo dos quatro anos, com aumento das lesões
leves. A frequência da episiotomia também mostrou diferença significativa, porém, sem manter
constância com o passar do tempo.(AU)
There is controversy regarding the use of episiotomy, as there is no consensus about its performance. The objective was to find risk factors involved in perineal lesions in a low-risk maternity
hospital, as well as to study the evolution of the use of episiotomy in the first four years of the
implementation of the Humanization of Childbirth Program. Was made a retrospective analytical
evaluation, qualitative, between 2014 and 2017, with a sample of 4.303 pregnant women. It was
perceived that there was a significant relationship between the occurrence of perineal laceration
and the use of induction of Childbirth. Regarding the episiotomy, there was a significant relationship with risk factors: primiparity, induction, lithotomy position and use of forceps. There was
also a significant increase in the occurrence of lacerations over the four years, with an increase in
mild injuries. The frequency of episiotomy may also be significant, however, without keeping up
with the passage of time.(AU)