Rev. Salusvita (Online); 37 (4), 2018
Publication year: 2018
Introdução:
atuar com pessoas em situação de rua é tentar trabalhar com fragmentos de um grupo estigmatizado, excluído e marcado por intenso preconceito e sofrimento social. É buscar incessantemente que essas pessoas sejam visibilizadas e incluídas a partir do reconhecimento de suas vulnerabilidades e potencialidades na sociedade por meio das políticas públicas. Objetivo:
desenvolver ações com pessoas em situação de rua que fazem uso de álcool e outras drogas em uma cidade de médio porte no interior nordestino. Metodologia:
foram realizadas ações com 22 pessoas ao longo de três meses cujo objetivo foi promover medidas de redução de riscos e danos. Realizou-se estudo de caráter descritivo e natureza exploratória, do tipo relato de experiência. Resultados e discussões:
os resultados apontaram que das 22 pessoas em situação de rua, 82% são do sexo masculino, 64% pardos, 68% com idade entre 30 a 59 anos; 54% possuem ensino fundamental incompleto e 50% possuem familiares, entretanto saíram de casa devido a conflitos. A droga de maior consumo foi o crack (23%), seguido do álcool (23%) e suas associações, como crack e maconha (18%). Considerações finais:
as ações realizadas possibilitaram conhecer melhor as pessoas em situação de rua, suas concepções e necessidades, contribuindo para uma assistência mais acolhedora, equânime e pautada na subjetividade, dignidade e na saúde e bem-estar de cada indivíduo. Uma vez que ações em saúde foram realizadas, essas suscitaram reflexões acerca de medidas redutivas de riscos e danos.
Introduction:
working with people in a street situation is trying to work with fragments of a stigmatized group, excluded and marked by intense prejudice and social suffering. It is to seek incessantly that these people are visible and included from the recognition of their vulnerabilities and potential in society through public policies. Objective:
to develop actions with street people who use alcohol and other drugs in a medium-sized city in the northeastern interior. Methodology:
actions were carried out with 22 people over three months whose objective was to promote risk and harm reduction measures. A descriptive and exploratory nature of the type of experience was carried out. Results and discussions:
the results showed that of the 22 people in the street, 82% are male, 64% are brown, 68% are aged between 30 and 59 years; 54% have incomplete elementary education and 50% have relatives, nevertheless they left home due to destructive conflicts. The drug with the highest consumption was crack (23%), followed by alcohol (23%) and its associations, such as crack and marijuana (18%). Final considerations:
it was possible to better understand the people in the street situation, their conceptions and needs, thus contributing to a more welcoming, equitable and guided in the subjectivity, dignity and health and well-being of each individual. Once actions in health have been carried out, these have sparked reflections about reductive measures of risks and damages.