Rev. Salusvita (Online); 38 (2), 2019
Publication year: 2019
Introdução:
os apêndices pré-auriculares, em conjunto com outras malformações craniofaciais e do osso temporal, estão associados à deficiência auditiva. Dentre as malformações do pavilhão auricular, encontram-se os apêndices pré-auriculares, formados por pele e cartilagem, e que podem estar presentes em qualquer ponto entre o trágus da orelha e o ângulo da boca, uni ou bilaterais. Objetivo:
avaliar a resposta auditiva em 906 recém-nascidos sem indicadores de risco para deficiência auditiva e com apêndices pré-auriculares isolados (uni ou bilaterais) quanto a: prevalência de recém-nascidos com apêndices pré-auriculares; respostas de reflexo cócleo-palpebral; características das emissões otoacústicas; características do potencial evocado auditivo de tronco encefálico; e a incidência dessa causuística que apresente perda auditiva. Método:
a identificação de indicadores de risco para deficiência auditiva foi realizada a partir da carteira do recém-nascido, do prontuário médico e de uma entrevista com os pais. Foram avaliados o meato acústico externo e a membrana timpânica através de otoscopia e espéculos auriculares. O reflexo cócleo-palpebral foi testado percutindo-se um agogô próximo ao recém-nascido. Pesquisa das emissões otoacústicas foi realizada com o aparelho ero scan etymotic research. Avaliou-se o potencial evocado auditivo do tronco encefálico. Resultado e discusssão:
a prevalência de apêndices pré-auriculares foi de 1,1%. Todos apresentaram reflexo cócleo palpebral presente, passaram pelas EOA e o potencial evocado auditivo de tronco encefálico apresentou resposta eletrofisiológica dentro dos padrões de normalidade em todos os pacientes estudados. Conclusão:
não houve correlação entre a perda auditiva e a presença de apêndices pré-auriculares
Introduction:
pre-auricular appendages, together with other craniofacial malformations and temporal bone, are associated with hearing loss. Among the malformations of the auricle are the preauricular appendages, formed by skin and cartilage, and that can be present at any point between the tragus of the ear and the angle of the mouth, uni or bilateral. Objective:
to evaluate the auditory response in 906 newborns without risk indicators for hearing loss and with isolated pre-auricular appendages (uni- or bilateral) for: prevalence of newborns with pre-auricular appendages; responses of cochlear-eyelid reflex; characteristics of otoacoustic emissions; characteristics of auditory brainstem evoked potential; and the incidence of this cause that presents hearing loss. Method:
identification of risk indicators for hearing loss was carried out from the newborn’s wallet, the medical record and the interview with the parents. The external acoustic meatus and the tympanic membrane were evaluated through otoscopy and atrial speculum. The cochlear-eyelid reflex was tested by percututing an agogot close to the newborn. Research on otoacoustic emissions was performed using the ero scan etymotic research apparatus. The auditory evoked potential of the brainstem was evaluated. Results and discussion:
the prevalence of pre-auricular appendages was 1.1%. All of them presented a palpebral cochlear reflex present, passed through the OAE, and the auditory evoked potential of the brainstem presented an electrophysiological response within normality patterns in all patients studied. Conclusion:
there was no correlation between hearing loss and the presence of pre-auricular appendages alone.