Arq. odontol; 55 (), 2019
Publication year: 2019
Objetivo:
O objetivo deste estudo foi avaliar a percepção de boca seca em uma amostra de pacientes, de uma clínica de um curso de odontologia, usuários de próteses totais. Métodos:
Fizeram parte do estudo 80 pacientes, que responderam a um questionário com 12 questões que caracterizavam o participante e abordava a sensação de boca seca e como a pessoa a percebia. O questionário foi pré-testado antes de sua aplicação definitiva. A análise estatística foi realizada por meio do Teste Exato de Fischer para identificar a associação da xerostomia com as variáveis independentes, com nível de significância de 5%. Resultados:
Os participantes do estudo tinham, em média, 62,3 anos de idade e 55% eram do gênero feminino. Metade (50,0%) dos participantes percebiam a boca seca e 72,5% apresentavam alguma doença crônica, principalmente a hipertensão (36,1%) e a diabetes (17,1%) e estas doenças se refletiam na alta (78,8%) utilização de medicamentos de uso contínuo. Apresentavam hábitos bucais nocivos 38,8% dos participantes, principalmente o tabagismo e o bruxismo. A sensação de boca seca foi associada ao gênero, a presença de mau hálito, ao uso de medicamentos contínuos e a sensação de ardência na boca. Conclusão:
A partir dos dados coletados pode-se concluir que a xerostomia foi frequente na população estudada e deve ter impacto negativo na qualidade de vida dessas pessoas. (AU)
Aim:
The purpose of this study was to assess xerostomia (dry mouth) in a sample of patients who received dental care at a dentistry course clinic and who used dentures. Methods:
This study included 80 patients, who answered a questionnaire with 12 questions that characterized the participant and addressed the sensation of dry mouth and how the person perceived it. The questionnaire was pre-tested before its final application. The statistical analyses were performed to identify the differences between the groups, establishing a significance level of 5% and applying the Fisher’s exact test. Results:
The participants of the study were, on average, 62.3 years of age, 55% of whom were female. Half (50.0%) of the participants perceived dry mouth and 72.5% had some form of chronic disease, mainly hypertension (36.1%) and diabetes (17.1%). These diseases are reflected in the high (78.8%) intake of continuous use medications. This study found that 38.8% of the participants presented harmful oral hygiene habits, mainly smoking and bruxism. The sensation of dry mouth was associated with gender, the presence of bad breath, the intake of continuous use medications, and a burning sensation in the mouth. Conclusion:
From the collected data, it is possible to conclude that xerostomia (dry mouth) was frequent in the studied population, most likely causing a negative impact on these people’s quality of life. (AU)