Arq. odontol; 55 (), 2019
Publication year: 2019
Objetivo:
O objetivo deste estudo foi conhecer a conduta para as prescrições de antimicrobianos pelos cirurgiões-dentistas (CDs) da rede pública, de um município de médio porte do interior do estado de São Paulo. Métodos:
todos CDs da rede pública do município de Piracicaba, São Paulo, foram convidados a participar (n = 79). A coleta de dados foi realizada em 2015, por meio de uma entrevista, questionário estruturado, como entrevista, nas unidades de saúde. O questionário continha questões sobre as características dos CDs, condições clínicas e sistêmicas que levariam ou não a prescrição de antibiótico, droga de escolha e forma de prescrição. Foi realizada a análise descritiva, utilizando o programa SPSS® (Statistical Package for the Social Sciences) versão 20.0 para Microsoft Windows.Resultados:
no total, 74 CDs aceitaram participar da pesquisa, e 68,9% (n = 51) relataram prescrever antimicrobianos para abscesso localizado, alveolite seca, pulpite aguda. Situações sistêmicas que necessitam de profilaxia antibiótica eram desconhecidas pelos CDs, sendo que 56,8% (n = 42) não sabiam a conduta correta com a prescrição em casos de pacientes que fazem uso de bisfosfonatos e 35,0% (n = 26) após a quimioterapia. A droga de escolha de 97,3% dos CDs foi a amoxicilina. Conclusão:
os resultados obtidos pelos relatos das condutas terapêuticas permitiram concluir que houve um excesso de prescrição de antibióticos, inclusive para situções clínicas que não havia necessidade, sendo o mais receitado a amoxicilina. Deve-se pensar no desenvolvimento de estratégias públicas de educação permanente, voltadas para os profissionais de odontologia, para o controle da resistência bacteriana. (AU)
Aim:
This study sought to comprehend the conduct of antimicrobial prescriptions by dental surgeons (DSs) of the public network of a mid-sized municipality in the countryside of the state of São Paulo. Methods:
All DSs of the public network of Piracicaba, São Paulo, were invited to participate (n = 79). Data collection was performed in 2015, through an interview, structured questionnaire, as an interview, in the health units. The questionnaire contained questions about the characteristics of DSs, clinical and systemic conditions that would or would not lead to antibiotic prescription, drug of choice, and prescription form. The descriptive analysis was performed using the SPSS ® software (Statistical Package for the Social Sciences) version 20.0 for Microsoft Windows. Results:
A total of 74 DSs chose to participate in the study, and 68.9% (n = 51) reported prescribing antimicrobials for localized abscesses, dry alveolitis, and acute pulpitis. Systemic conditions requiring antibiotic prophylaxis were unknown by the DSs, and 56.8% (n = 42) did not know the correct conduct to be taken with the prescription in cases of patients taking bisphosphonates and 35.0% (n = 26) after chemotherapy. The drug of choice for 97.3% of the DSs was amoxicillin. Conclusion:
The results from the reports of the therapeutic procedures led to the conclusion that there was an excess of antibiotic prescriptions, even for clinical situations that were not necessary, with amoxicillin being the most commonly prescribed. The development of public strategies of permanent education, aimed at dental professionals, to control bacterial resistance should be considered. (AU)