Femina; 48 (2), 2020
Publication year: 2020
Objetivo:
Analisar, na população obstétrica do Hospital Maternidade Leonor Mendes
de Barros (HMLMB), os grupos que contribuem mais substancialmente para a taxa
de cesariana, utilizando a Classificação de Robson. Métodos:
Trata-se de uma análise
secundária de dados provenientes de um estudo realizado no HMLMB que objetivou
identificar a proporção de partos cesáreos e vaginais no ano de 2016. Assim, propusemos uma análise desses dados apoiada em uma revisão bibliográfica, identificando as principais contribuições da Classificação de Robson nesse hospital e comparando com serviços similares. Resultados:
Os grupos de 1 a 5 representaram 87,4%
das pacientes atendidas, com predomínio dos grupos 5 (21,7%), 3 (20,9%) e 2 (19,4%).
A taxa geral de cesáreas foi de 41,8% no HMLMB em 2016, com maior contribuição dos
grupos 5 (41,1%) e 2 (28,7%). Destacaram-se as baixas taxas de cesáreas nos grupos
1 (4,5%) e 3 (1,3%), quando comparadas com as taxas de instituições similares. Conclusão:
É necessário investir em estratégias mais eficientes para reduzir as taxas de
cesáreas. Com os resultados observados no HMLMB, é possível sugerir uma revisão
de protocolos referentes ao preparo do colo do útero e indução eletiva do parto em
nulíparas, bem como investir no implemento do parto vaginal após cesárea.(AU)
Objective:
To analyze within the obstetric population of the Leonor Mendes de Barros
Maternity Hospital (LMBMH), the groups that contribute most substantially to the cesarean section rate using the Robson Classification. Methods:
This is a secondary analysis
of data from a study conducted at the LMBMH that aimed to identify the proportion of
cesarean and vaginal deliveries in 2016. Thus, we proposed an analysis of these data
supported by a literature review, identifying the main contributions of the Robson Classification in this hospital and comparing with similar services. Results:
Groups 1 to 5
represented 87.4% of the patients treated, with emphasis on groups 5 (21.7%), 3 (20.9%)
and 2 (19.4%). The overall cesarean section rate at LMBMH in 2016 was 41.8%, with the
largest contribution from groups 5 (41.1%) and 2 (28.7%). We highlight the low rate of cesarean sections in groups 1 (4.5%) and 3 (1.3%), when compared with the rates of similar
institutions. Conclusion:
It is necessary to invest in more efficient strategies to reduce
cesarean rates. Looking at the results in the LMBMH, it is possible to suggest a review of
protocols related to cervical preparation and elective induction of labor in nulliparas,
as well as investing in the implementation of vaginal delivery after cesarean section.(AU)