Arq. odontol; 55 (), 2019
Publication year: 2019
Objetivo:
Descrever a organização e a resolutividade da rede pública de saúde para a atenção em saúde bucal de crianças de zero a seis anos em dois municípios brasileiros. Métodos:
Estudo transversal descritivo realizado com dados secundários dos prontuários de crianças atendidas pelos serviços de saúde bucal [convencional ou Equipes de Saúde Bucal (ESB)] nos municípios de Belo Horizonte, 2014, e Diamantina, em 2015, Minas Gerais, Brasil. A resolutividade foi avaliada pela relação entre os percentuais de Tratamento Odontológico Concluído (TC) e de Primeira Consulta (PC). Nos dois municípios, a Estratégia Saúde da Família (ESF) é o modelo de organização dos serviços da Atenção Primária à Saúde (APS). Em Belo Horizonte, amostra representativa das crianças foi selecionada entre aquelas examinadas no Levantamento de Necessidades pelas ESB em 18 das 147 Unidades Básicas de Saúde (UBS). Em Diamantina, a organização do atendimento odontológico é o convencional e se dá por livre demanda, sendo realizado em quatro das sete UBS. Análise descritiva dos dados foi realizada para obtenção de frequências absolutas e relativas. Resultados:
Foram analisados 1.344 prontuários em Belo Horizonte, 595 deles de crianças (44,27%) tiveram PC. Destas, 295 (21,95%) tiveram TC, com resolutividade de 49,58%. No município de Diamantina, todos os 43 prontuários odontológicos de crianças encontrados nas UBS com atendimento odontológico foram avaliados. Destas, 29 crianças (67,44%) tiveram a PC e 11 (25,58%) TC, representando resolutividade de 37,93%. Conclusão:
Há diferenças na organização e no modelo de atenção em saúde bucal para crianças nos municípios estudados. Para os dois municípios, o acesso e a resolutividade das crianças ao cuidado em saúde bucal se constituem em desafios para os serviços públicos de saúde na APS. (AU)
Objective:
to describe the organization and resolution of the public health network for the oral health care of children from zero to six years of age in two Brazilian cities. Methods:
a descriptive cross-sectional study was carried out with secondary data from the charts of children who received dental care by oral health services [conventional or Oral Health Teams] in the cities of Belo Horizonte, in 2014, and Diamantina, in 2015, Minas Gerais, Brazil. The resolution was evaluated by the ratio between the percentages of Completed Treatment and First Appointment. In both cities, the Family Health Strategy is the organizational model of PHC services. In Belo Horizonte, a representative sample of the children was selected among those examined by the Oral Health Teams’ survey of needs in 18 of the 147 Health Centers. In Diamantina, the dental care organization is conventional and occurs on demand, and is performed in four of the seven Health Centers. Descriptive data analysis was performed to obtain absolute and relative frequencies. Results:
A total of 1,344 medical records were analyzed in Belo Horizonte, 595 of which were children (44.27%) who had their First Dental Appointment. Of these, 295 (21.95%) presented Completed Dental Treatment, with a resolution of 49.58%. In the municipality of Diamantina, all 43 children’s dental records found in the Health Center that contained dental care were evaluated. Of these, 29 children (67.44%) had their First Dental Appointment and 11 (25.58%) Completed Dental Treatments, representing a resolution of 37.93%. Conclusion:
Differences were found in the organization and model of oral health care for children in the studied municipalities. For both municipalities, children’s access and resolution in Oral Health constitute challenges for public health services in Primary Health Care. (AU)