Brazilian Nursing and Psychology students' visits to patients with amyotrophic lateral sclerosis: prospective analysis
Visitas de estudantes brasileiros de Enfermagem e Psicologia a pessoas com esclerose amiotrófica lateral: análise prospectiva

Arq. neuropsiquiatr; 77 (11), 2019
Publication year: 2019

ABSTRACT Amyotrophic lateral sclerosis (ALS) is a neurodegenerative disease without a cure, but multidisciplinary treatment can maintain the quality of life (QOL) of persons with ALS (PALS). Despite health professionals possibly being affected by ALS in their care roles, little is known about the impact of ALS care on these professionals.

Objective:

To analyze the effects of interactions between PALS and Nursing/Psychology students.

Methods:

Over 12 weeks, 16 student pairs performed weekly 60-minute home visits to 16 PALS. Instruments used for analyses were the McGill Quality of Life Questionnaire for the PALS; and the Draw-a-Person test and the Desiderative Questionnaire for the students.

All instruments were applied twice:

at the beginning (pre-first visit) and at the end of the study (post-12 visits).

Results:

After 12 weeks, there was not a significant change in total QOL or its five domains (existential wellbeing, physical wellbeing, psychological wellbeing, physical symptoms, and support). Existential wellbeing/support domains contributed most to the QOL of the PALS (pre-first visit and post-12 visits). Students showed anxiety/impulsivity but preserved adequacy to reality, logical thinking and global perception with regard to the PALS. We found that students were psychologically fragile in some subgroups/moments.

Conclusions:

Students' visits to PALS may contribute to the maintenance of the QOL of the patients. Additionally, visits, with psychological support for the students, seem safe and could contribute to the students' psychological maturation as health professionals. Additional psychological support may be necessary for some students in fragile subgroups/moments.
RESUMO Esclerose lateral amiotrófica (ELA) é doença neurodegenerativa sem cura, mas tratamento multidisciplinar pode manter qualidade de vida (QOL). Embora profissionais de saúde possam ser afetados pela atuação na ELA, pouco é conhecido sobre impacto nesses profissionais.

Objetivo:

Analisar efeitos da interação entre pessoas com ELA e estudantes de Enfermagem e de Psicologia.

Métodos:

Durante 12 semanas, 16 pares de estudantes realizaram visitas domiciliares semanais de 60 minutos a 16 pessoas com ELA. Instrumentos utilizados nas análises foram McGill QOL para pessoas com ELA e Desenhe uma Pessoa e Questionário Desiderativo para estudantes, aplicados no início (pré-primeira visita) e final do estudo (pós-12 visitas).

Resultados:

Após 12 semanas, não houve alteração significativa na QOL total ou nos seus cinco domínios (bem-estar existencial, bem-estar físico, bem-estar psicológico, sintomas físicos e suporte). Bem-estar existencial e suporte contribuíram mais para QOL de pessoas com ELA (pré-primeira visita e pós-12 visitas). Estudantes apresentaram impulsividade/ansiedade, mas preservaram adequação à realidade, pensamento lógico e visão global da pessoa com ELA. Detectamos que estudantes estavam psicologicamente frágeis em alguns subgrupos/momentos:estudantes de Enfermagem pré-primeira visita, estudantes de Psicologia pós-12 visitas, estudantes do quinto semestre do respectivo curso, estudantes com 23 anos ou menos, e estudantes do sexo masculino pós-12 visitas.

Conclusões:

Visitas de estudantes a pessoas com ELA podem contribuir para a manutenção da QOL. Visitas com apoio psicológico parecem seguras e podem contribuir para amadurecimento psicológico dos estudantes como profissionais de saúde. Suporte psicológico adicional pode ser necessário para alguns estudantes em subgrupos/momentos frágeis.

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