Comparison of cerebrospinal fluid lactate with physical, cytological, and other biochemical characteristics as prognostic factors in acute bacterial meningitis
Comparação do lactato no líquido cefalorraquidiano com as características físicas, citológicas e outros marcadores bioquímicos, como fator prognostico nas meningites bacterianas agudas

Arq. neuropsiquiatr; 77 (12), 2019
Publication year: 2019

ABSTRACT Bacterial meningitis (BM) is associated with a high morbidity and mortality. Cerebrospinal fluid (CSF) lactate may be used as a prognostic marker of this condition. We hypothesized that CSF lactate levels would remain elevated in participants who died of acute BM compared with those who recovered from this disease.

Objective:

To evaluate the potential use of lactate and other CSF biomarkers as prognostic markers of acute BM outcome.

Methods:

This retrospective, longitudinal study evaluated dynamic CSF biomarkers in 223 CSF samples from 49 patients who fulfilled the inclusion criteria of acute BM, with bacteria identified by CSF culturing.

The participants were grouped according to outcome:

death (n = 9; 18.37%) and survival (n = 40; 81.63%). All participants received appropriate antibiotic treatment.

Results:

In the logistic regression model, lactate concentration in the final CSF sample, xanthochromia, and CSF glucose variation between the first and last CSF samples were predictors of a poor outcome (death). In contrast, decrease in CSF white blood cell count and CSF percentage of neutrophils, increase in the percentage of lymphocytes, and normalization of the CSF lactate concentration in the last CSF sample were predictors of a good prognosis.

Conclusion:

The study confirmed the initial hypothesis. The longitudinal analysis of CSF lactate is an important predictor of prognosis in acute BM.
RESUMO As meningites bacterianas (MB) estão associadas à alta morbidade e mortalidade. O lactato no líquido cefalorraquidiano (LCR) pode ser usado como biomarcador de prognóstico nas MB. A hipótese desse estudo é que os níveis de lactato no LCR se mantém elevados entre pacientes com MB aguda que evoluem para óbito, ao contrário do que ocorre em pacientes com bom prognóstico.

Objetivo:

Avaliar o uso potencial do lactato e outros marcadores no LCR como indicador de prognóstico na MB aguda.

Métodos:

Foi realizado um estudo retrospectivo longitudinal da dinâmica dos biomarcadores bioquímicos, celulares e físicos no LCR. Foram analisadas 223 amostras de 49 pacientes com MB aguda com bactérias identificadas por cultura do LCR.

Os participantes foram divididos em dois grupos de acordo com o desfecho:

óbito (n = 9; 18,37%) e não óbito (n = 40; 81,63%). Todos os participantes receberam antibioticoterapia adequada.

Resultados:

No modelo de regressão logística, as variáveis que diferiram significativamente entre os dois grupos foram concentração de lactato na amostra final de LCR, xantocromia e variação da concentração de glicose entre a primeira e a última amostra de LCR. A alteração desses fatores indicou desfechos negativos (óbito), enquanto a diminuição do número de leucócitos e da porcentagem de neutrófilos, assim como a normalização da concentração de lactato no LCR foram preditores de bom prognóstico.

Conclusão:

O estudo confirmou a hipótese inicial. A análise longitudinal do lactato no LCR é um importante preditor de prognóstico na MB aguda.

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