As vivências do desemprego entre trabalhadores no interior do Rio Grande do Norte
The experiences of unemployment among workers in Rio Grande do Norte's countryside

Cad. psicol. soc. trab; 22 (1), 2019
Publication year: 2019

O desemprego tem se tornado foco constante de estudos desenvolvidos pela psicologia, mas o contexto interiorano é pouco explorado. Objetivou-se analisar a vivência do desemprego entre trabalhadores em um município interiorano, considerando os significados atribuídos ao trabalho e desemprego, crenças, sentimentos e estratégias de enfrentamento. Foram realizadas entrevistadas semiestruturadas com sete mulheres e três homens, com idade entre 20 e 55 anos e tempo de desemprego entre um mês e 20 anos. Foi possível identificar que a crença do desemprego pode ser atribuída às causalidades externas e o trabalho significado como sobrevivência. Os afetos são ambíguos e as principais estratégias de sobrevivência são a realização de trabalhos informais e dependência do auxílio financeiro da família. Para superar o desemprego, os entrevistados distribuem currículos e realizam capacitação. Conclui-se que há semelhanças entre aspectos das vivências do desemprego interioranos, identificados neste estudo, e outros que focalizaram trabalhadores em grandes centros, se diferenciando no pouco recurso às políticas públicas e aos círculos sociais como forma de superar o desemprego.
The unemployment has been an ongoing focus of recent studies in the field of psychology, but the context of countryside regions is less explored. This article aims to analyze the unemployment experience of workers in a countryside city, taking into consideration how work and unemployment are signified, beliefs, feelings, and coping strategies adopted. Semi-structured interviews were conducted with seven women and three men, between 20 and 55 years of age, with unemployment time ranging between one month and 20 years. It was possible to identify the belief that unemployment can be attributed to external causes, and work signified as survival. Feelings towards them are ambiguous, and the main survival strategies are resorting to informal work and relying upon financial aid from the family. In order to overcome unemployment, respondents send out curriculum and invest in professional qualification. It is possible to conclude that there are similarities between some of the aspects around unemployment experiences in the countryside identified in this study, and others that focus on workers in large urban centers, with the difference of lower investments in public policies and social circles as a way to overcome unemployment.

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