Banzeirar: fazendo ribeirinhar certas práticas ditas de cuidado
Banzeirar: making ribeirinhar certain practices supposed as care
Fractal rev. psicol; 31 (spe), 2019
Publication year: 2019
Neste artigo, inspirado nos passos de Conceição Evaristo, ensaiamos uma "Escrevivência". A partir de epistemologias ribeirinhas, negras e indígenas, buscamos problematizar práticas ditas de cuidados presentes na área da psicologia que têm se aliado a lógicas repressoras, controladoras e punitivas - vide o contexto no qual foi regulamentada no Brasil. Para fazer essa discussão, partimos do entendimento de que o racismo é estruturante na constituição da sociedade e, portanto, ele deve estar no centro de nossas discussões. Assim, ensaiamos, neste trabalho, pensar práticas de cuidado aliadas que valorizem os protagonismos/protagonistas dos moradores sobreviventes da guerrilha do Araguaia, de ribeirinhos, negros e indígenas. Desse modo, através de nossa escrita, apostamos em ações que estejam comprometidas com modos localizados de existir e que tenham como protagonistas as pessoas para as quais essas políticas são pensadas, partindo das noções de mundo que querem construir.(AU)
In this article, inspired by Conceição Evaristo's footsteps, we rehearse a "Escrevivência". Based on riverine, black and indigenous epistemologies, we seek to problematize the practices of care present in the area of psychology that have been associated with repressive, controlling and punitive logics - see the context in which it was regulated in Brazil. To make this discussion, we begin with the understanding that racism is structuring in the constitution of society and, therefore, it must be at the center of our discussions. Therefore, we rehearsed, in this work, to think of allied care practices that value the protagonisms/protagonists of the surviving residents of the Araguaia guerrillas, of riverine, black and indigenous people. Therefore, through our writing, we bet on actions that are committed to localized ways of existing and that have as protagonists the people for whom these policies are thought, starting from the notions of the world they want to build. We pursue with such actions to have the indigenous, black, Afro-indigenous and ribeirinhas bodies/visions in the process of thinking and actualizing practices aimed at the care of the population.(AU)