Food resource partitioning among species of Astyanax (Characiformes: Characidae) in the Lower Iguaçu River and tributaries, Brazil

Neotrop. ichthyol; 17 (4), 2019
Publication year: 2019

Resource partitioning allows for interspecific coexistence and is frequently reported for similar species. Here, we predicted the existence of resource partitioning among species of Astyanax that co-occur in the Low Iguaçu River and tributaries in Brazil. A total of 848 stomachs of five species of Astyanax were analyzed. Algae, terrestrial plant and fruit/seed were the most consumed resources. Astyanax bifasciatus and A. dissimilis had predominantly herbivorous diets, A. gymnodontus and A. lacustris were omnivorous, and A. minor was mainly algivorous. Permutational analysis of variance showed the species had different diets, and similarity percentage analysis indicated that fruit/seed and terrestrial plant contributed the most to this differentiation. A paired comparison indicated that the trophic breadth of A. gymnodontus differed from that of other species. The food overlap was low for 55% of Astyanax pairs. These results showed alignment with the niche theory, in which differentiation in the use of food resources facilitates the coexistence of species and minimizes competition. These adjustments to coexistence become relevant in the context of endemic species in a highly isolated basin under intense threat (dams, species introduction, deforestation, and pollution) as is the case for the Iguaçu River basin.(AU)
O particionamento de recursos permite a coexistência interespecífica e é frequentemente relatado para espécies semelhantes. Predizemos a existência de partição de recursos entre espécies de Astyanax que co-ocorrem no baixo rio Iguaçu. O total de 848 estômagos de cinco espécies de Astyanax foi analisado. Algas, plantas terrestres e frutos/sementes foram os recursos mais consumidos. Astyanax bifasciatus e A. dissimilis apresentaram dietas predominantemente herbívoras, A. gymnodontus e A. lacustris foram onívoras e A. minor foi principalmente algívora. As espécies apresentaram diferentes dietas (PERMANOVA) e a análise SIMPER indicou que frutos/sementes e plantas terrestres tiveram maior contribuição para esta diferenciação. A comparação pareada mostrou que a amplitude trófica de A. gymnodontus diferiu das outras espécies. A sobreposição alimentar foi baixa para 55% dos pares de Astyanax. Nossos resultados mostraram-se alinhados com a teoria de nicho, em que a diferenciação no uso de recursos alimentares facilita a coexistência de espécies e minimiza a competição. Estes ajustes para coexistência tornam-se relevantes no contexto de espécies endêmicas em uma bacia altamente isolada e sob intensa ameaça (barramentos, introdução de espécies, desmatamento e poluição), como é o caso da bacia do rio Iguaçu.(AU)

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