Drug-induced nephrotoxicity
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 66 (supl.1), 2020
Publication year: 2020
SUMMARY Acute kidney injury is a very common diagnosis, present in up to 60% of critical patients, and its third main cause is drug toxicity. Nephrotoxicity can be defined as any renal injury caused directly or indirectly by medications, with acute renal failure, tubulopathies, and glomerulopathies as common clinical presentations. Some examples of drugs commonly associated with the acute reduction of glomerular filtration rate are anti-inflammatories, antibiotics, such as vancomycin and aminoglycosides, and chemotherapeutic agents, such as cisplatin and methotrexate. Cases of tubulopathy are very common with amphotericin B, polymyxins, and tenofovir, and cases of glomerulopathies are common with VEGF inhibitors, bisphosphonates, and immunotherapy, and it is also common to have more than one clinical presentation related to a single agent. Early diagnosis is essential for the good evolution of the patient, with a reduction of renal exposure to the toxic agent, which requires knowing the risk factors and biomarkers. General measures such as correcting hydroelectrolytic disorders and hypovolemia, monitoring the serum level, avoiding combinations with the synergy of renal injury, and looking for similar options that are less toxic are the foundations for the treatment of complications that are still common and often preventable.
RESUMO A lesão renal aguda é um diagnóstico muito comum, presente em até 60% dos pacientes críticos, e sua terceira maior causa é a toxicidade de medicamentos. A nefrotoxicidade pode ser definida como qualquer lesão renal causada por medicamentos, direta ou indiretamente, tendo a insuficiência renal aguda, tubulopatias e glomerulopatias como apresentações clínicas comuns. Alguns exemplos de drogas comumente associadas à redução aguda da taxa de filtração glomerular são anti-inflamatórios, antibióticos, como a vancomicina e aminoglicosídeos, e agentes quimioterápicos, tais como cisplatina e metotrexato. Casos de tubulopatia são muito comuns com anfotericina B, polimixinas e tenofovir, já casos de glomerulopatias são comuns com inibidores de VEGF, bisfosfonatos e imunoterapia; também é comum ocorrer mais de uma apresentação clínica relacionada a um único agente. O diagnóstico precoce é essencial para a boa evolução do paciente, com a redução da exposição ao agente tóxico, o que requer conhecimento dos fatores de risco e biomarcadores. Medidas gerais, tais como a correção de distúrbios hidreletrolíticos e da hipovolemia, o monitoramento do nível sérico, evitar combinações com sinergia de lesão renal e procurar opções semelhantes e menos tóxicas são os alicerces do tratamento de complicações que são comuns e, muitas vezes, evitáveis.