Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online); 19 (4), 2019
Publication year: 2019
Abstract Objectives:
to determine the prevalence of urinary incontinence (UI) during pregnancy, to identify and quantify the factors associated with gestational UI. Methods:
a cross-sectional study carried out with women admitted for deliveries in all maternity wards in the city of Botucatu (São Paulo). Data were collected through a structured questionnaire, based on the literature, containing questions about the occurrence of UI, its types, risk factors and moments when urinary losses occurred. Associations between UI and the predictive variables were analyzed with logistic regression models. Results:
950 women were interviewed, out of which 472 complained of urinary losses during pregnancy, resulting in a prevalence of 49.68% (CI95%= 46.51 - 52.86). The majority (61.8%) were classified as mixed UI. Among the covariates investigated, smoking (OR= 4.56), illicit drugs use (OR= 25.14), stimulant foods (OR= 1.84), constipation (OR=1.99), hypertensive disorders during gestation (OR= 3.23), gestational diabetes mellitus (OR= 2.89), parity (OR= 1.52) and previous caesarean sections (OR= 2.56) increased the chance of urinary losses during pregnancy. Conclusions:
there was a high prevalence of UI during pregnancy. This condition was strongly associated with lifestyle habits and gestational morbidities. Finally, it is worth high-lighting the fact that delivery via caesarean section increased the chance of UI in subsequent pregnancies.
Resumo Objetivos:
estimar a prevalência de incontinência urinária (IU) na gestação, identificar e quantificar fatores associados à IU gestacional. Métodos:
estudo transversal realizado com mulheres admitidas para o parto nas maternidades da cidade de Botucatu (São Paulo). Foi utilizado um questionário estruturado, baseado na literatura, contendo perguntas sobre a ocorrência de IU, seus tipos, fatores de riscos e momentos que ocorreram as perdas urinárias. Associações entre a ocorrência de IU e as variáveis preditoras foram analisadas por meio de modelos de regressão logística. Resultados:
950 mulheres foram entrevistadas, dessas 472 queixaram-se de perdas urinárias no período gestacional, resultando em uma prevalência de 49,68% (IC95%= 46,51 - 52,86), sendo a maioria (61,8%) classificada como IU mista. Entre as covariáveis investigadas, tabagismo (OR= 4,56), consumo drogas ilícitas (OR= 25,14), alimentos estimulantes (OR=1,84), constipação intestinal (OR= 1,99), distúrbios hipertensivos na gestação (OR=3,23), diabetes mellitus gestacional (OR= 2,89), paridade (OR=1,52) e parto cesárea (OR= 2,56) aumentaram a chance de perdas urinárias na gestação. Conclusões:
houve uma alta prevalência de IU no período gestacional. Esta condição esteve fortemente associada à fatores como hábitos de vida e morbidades gestacionais. Por fim, merece destaque o achado que o parto via cesárea aumentou a chance de IU em gestação subsequente.