Difficulties of access to health services among non-institutionalized older adults: prevalence and associated factors
Dificuldades do acesso aos serviços de saúde entre idosos não institucionalizados: prevalência e fatores associados

Rev. bras. geriatr. gerontol. (Online); 23 (6), 2020
Publication year: 2020

Abstract Objective:

To estimate the prevalence and factors associated with the difficulties of access to health services among non-institutionalized older adults in the town of Montes Claros, Minas Gerais, Brazil.

Method:

A cross-sectional study nested in a population-based cohort of community-dwelling older adults was carried out in Montes Claros, Minas Gerais, Brazil. Data collection was performed in the homes of the older adults between November 2016 and February 2017. Demographic, socioeconomic, and health-related variables and access to and use of health services were evaluated. Bivariate analyzes (Pearson's chi-squared test) were conducted, adopting a level of significance lower than 0.20 for inclusion of the independent variables in the multiple model. The final model was generated by Poisson regression analysis, with robust variance, and the variables maintained were associated with difficulty in using the health services up to a level of significance of 0.05 (p<0.05).

Results:

394 older adults participated in this study, 33% of whom reported difficulties with access. In multiple analysis, greater difficulty of access was registered among older adults without a partner; who could not read; were frail and had a negative self-perception of health. Older adults face greater difficulties with access when seeking public services.

Conclusion:

A high perception of difficulty with access was identified, determined by social and physical aspects inherent to aging, and which may be worsened by the characteristics of public services. There is a need for investments in the health care of older adults, in order to guarantee care that promotes healthy aging.

Resumo Objetivo:

Estimar a prevalência e descrever os fatores associados às dificuldades do acesso aos serviços de saúde entre idosos não institucionalizados.

Método:

Estudo transversal aninhado a uma coorte de base populacional, entre idosos comunitários, em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. A coleta de dados foi realizada no domicílio dos idosos entre novembro de 2016 a fevereiro de 2017. Avaliou-se características demográficas, socioeconômicas, variáveis relacionadas aos cuidados de saúde e ao acesso e utilização dos serviços de saúde. Foram efetuadas análises bivariadas (teste qui-quadrado de Pearson) adotando-se nível de significância menor que 0,20 para inclusão das variáveis independentes no modelo múltiplo. O modelo final foi gerado por meio de análise de regressão de Poisson, com variância robusta, e as variáveis mantidas apresentaram associação com dificuldade de acesso aos serviços de saúde até o nível de significância de 0,05 (p<0,05).

Resultados:

Participaram deste estudo 394 idosos, 33% referiram dificuldades de acesso. Verificou-se, na análise múltipla, maior dificuldade de acesso entre os idosos sem companheiro; sem leitura; com autopercepção negativa de saúde e frágeis. Os idosos enfrentaram maiores dificuldades no acesso quando procuraram por serviços públicos.

Conclusão:

Estimou-se alta percepção de dificuldade de acesso, determinada por aspectos sociais e físicos inerentes ao envelhecimento, que podem ser potencializadas por características dos serviços públicos. Evidencia-se necessidade de investimentos na assistência à saúde do idoso, de forma a garantir a assistência e promover um envelhecer com saúde.

More related