Rev. bras. ter. intensiva; 31 (4), 2019
Publication year: 2019
RESUMO Objetivo:
Avaliar o nível de atividade que o uso do videogame Nintendo WiiTM pode provocar em pacientes na unidade de terapia intensiva, além dos níveis de segurança do método e da satisfação do paciente. Métodos:
Ensaio experimental em centro único conduzido em um hospital terciário. Incluíram-se pacientes com idade igual ou superior a 18 anos admitidos à unidade de terapia intensiva, sem restrições à mobilidade, que utilizaram videogames como parte de suas sessões de fisioterapia. Os critérios de exclusão foram incapacidade para compreender as instruções e para atender a comandos simples. Incluímos 60 pacientes e conduzimos 100 sessões, nas quais utilizamos o equipamento de videogame Nintendo WiiTM. Utilizou-se um acelerômetro para avaliar os níveis de atividade física dos pacientes enquanto interagiam com o videogame. Avaliamos os níveis de atividade, escores segundo a escala modificada de Borg, ocorrência de eventos adversos e respostas a questionários relativos à satisfação com a atividade. Resultados:
Analisamos um total de 100 sessões de fisioterapia. Enquanto jogavam videogame, os pacientes atingiram grau leve de atividade em 59% da duração das sessões, e nível moderado de atividade em 38% da duração das sessões. Não ocorreu qualquer evento adverso. Dentre os pacientes, 86% relataram que gostariam de jogar videogame em suas próximas sessões de fisioterapia. Conclusão:
O uso de equipamento virtual para reabilitação proporcionou níveis leves a moderados de atividade em pacientes na unidade de terapia intensiva. Esta modalidade de fisioterapia utiliza ferramenta simples com probabilidade de ser escolhida pelos pacientes para as próximas sessões de fisioterapia.
ABSTRACT Objective:
To evaluate the level of activity that Nintendo WiiTM can elicit in intensive care unit patients and its associated safety and patient satisfaction. Methods:
Experimental, single-center study performed at a tertiary care hospital. Patients ≥ 18 years old who were admitted to the intensive care unit, participated in videogames as part of their physical therapy sessions and did not have mobility restrictions were included. Th exclusion criteria were the inability to comprehend instructions and the inability to follow simple commands. We included n = 60 patients and performed 100 sessions. We used the Nintendo WiiTM gaming system in the sessions. An accelerometer measured the level of physical activity of patients while they played videogames. We evaluated the level of activity, the modified Borg scale scores, the adverse events and the responses to a questionnaire on satisfaction with the activity. Results:
One hundred physical therapy sessions were analyzed. When the patients played the videogame, they reached a light level of activity for 59% of the session duration and a moderate level of activity for 38% of the session duration. No adverse events occurred. A total of 86% of the patients reported that they would like to play the videogame in their future physical therapy sessions. Conclusion:
Virtual rehabilitation elicited light to moderate levels of activity in intensive care unit patients. This therapy is a safe tool and is likely to be chosen by the patient during physical therapy.