Ágora (Rio J. Online); 23 (1), 2020
Publication year: 2020
ABSTRACT:
This article aims to demonstrate how perversion, as a subject, activates investigation. As a starting point, it explores Freud's idea surrounding fetishism as a paradigm of itself; a necessary interval between neurosis and psychosis. This analysis is followed by a presentation of various notions developed by Lacan in his teachings. Subsequently, the article analyzes Haneke's 2001 film "The piano teacher", here considered as a case of substitute perversion that adds to the few documented cases of this nature. The movie contributes elements that allow to think about and further develop the notion of substitute perversion in psychosis. In it, "the teacher" demonstrates the separation between love, desire, juissance and what Lacan calls "false hole" through borromean rings. Lastly, questions are posed regarding perversion; organized by answers, opposite the two aforementioned structures.
Resumo:
O artigo ocupa-se de mostrar como a perversão é uma temática que ativa a pesquisa. Explora, inicialmente, a ideia de Freud sobre o fetichismo como paradigma desse operador clínico, intervalo necessário entre a neurose e a psicose. Depois apresenta noções formuladas por Lacan em seus ensinamentos. Examina, posteriormente, o filme A professora de piano, de Haneke (2001), considerando-o material que contribui diante da escassez de casos sobre perversão. Encontra no filme elementos para pensar e indagar a suplência perversa na psicose. A professora ensina a propósito da amarração do nó borromeano entre amor, desejo, gozo e do estabelecimento do que Lacan chama: "falso furo". O artigo, finalmente, formula questões sobre essa estrutura clínica que, diferentemente das outras duas, se organiza não em certezas, mas adiantando respostas.