Respostas de estresse em pirarucu (Arapaima gigas) durante práticas de rotina em piscicultura
Stress responses of pirarucu (Arapaima gigas) during routine aquaculture practices

Acta amaz; 36 (3), 2006
Publication year: 2006

O pirarucu é um peixe nativo da bacia Amazônica com respiração aérea obrigatória. Em condições de criação, atinge até 10 kg em um ano, sendo um dos peixes com maior potencial para criação na Amazônia. O objetivo deste estudo foi avaliar as respostas de estresse em pirarucu quando submetido a práticas comuns em sistema de criação. Para isso, foram realizados três diferentes experimentos: 1) transporte; 2) adensamento; e 3) exposição à amônia. Foram analisados parâmetros do metabolismo energético (glicose e lactato), hormonal (cortisol), e de hematologia (hematócrito). Em todos os protocolos testados foram observadas alterações nos parâmetros fisiológicos do pirarucu. As respostas de estresse durante o transporte foram similares às do adensamento, porém, a magnitude das repostas ao adensamento foi maior. A exposição à amônia não causou alteração imediata nos parâmetros fisiológicos, havendo latência nas respostas de estresse. Com os resultados obtidos, pode-se concluir que as alterações nos parâmetros metabólicos ocorrem no momento de maior intensidade de manejo, e provavelmente podem ser reduzidas com adoção de boas práticas na criação.
Pirarucu is an obligatory air breathing fish native to the Amazon basin. In rearing conditions it reaches up to 10 kg in one year, being one of the fish with the greatest potential for farming in the Amazon. The aim of this study was to verify stress responses in pirarucu during routine aquaculture practices.

Three experiments were carried out:

1) transport; 2) crowding; and 3) exposure to ammonia. Parameters of the energy metabolism (glucose and lactate), hormonal (cortisol), and hematological (hematocrit) were analyzed. All experiments caused alterations in the physiological parameters of pirarucu. The stress responses during transport are similar to crowding. However, the magnitude of the responses to crowding was higher. Ammonia exposure does not cause an immediate alteration in the physiological parameters, with a latency period in the stress responses. From the observed results it is possible to conclude that alterations in the metabolic parameters occur during the more intense management periods and probably can be prevented adopting best management practices.

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