Biomechanics in DALK: Big bubble vs manual lamellar dissection
Biomecânica no DALK: grande bolha versus dissecção manual lamelar

Arq. bras. oftalmol; 83 (2), 2020
Publication year: 2020

ABSTRACT Purpose:

The present study's aim was to compare the biomechanical properties of corneal tissue in patients who underwent deep anterior lamellar keratoplasty (DALK) surgery, with successful big bubble formation and manual lamellar dissection, during failed big bubble formation.

Methods:

This retrospective comparative study included 60 eyes from 60 keratoconus patients who previously underwent DALK surgery. These patients were categorized as big bubble (+) or big bubble (−) based on the success or failure of big bubble formation during the surgery. The big bubble (+) group included 42 eyes, while the big bubble (−) group had 18 eyes. Moreover, the patients were regrouped as 0.25 mm and 0.50 mm to evaluate the effects of the disparity between donor and trephine punches on the biomechanical properties of the cornea. These biomechanical properties, characterized by corneal hysteresis and the corneal resistance factor, were measured using the Ocular Response Analyzer 12 months after the surgery.

Results:

There was no statistically significant difference between the big bubble (+) and big bubble (−) groups in the biomechanical properties of the cornea (corneal hysteresis: 10.06, 10.25; p=0.716/corneal resistance factor: 10.15, 10.07; p=0.805, respectively). In addition, pachymetry results were not statistically different between the two groups. Multivariate regression analysis revealed that corneal hysteresis and corneal resistance factor were positively associated with central corneal thickness (p<0.001/r2=0.506; p<0.001/r2=0.561, respectively). However, the study did not demonstrate a relationship between any of the punch sizes and corneal hysteresis or between the punch sizes (p=0.673) and the corneal resistance factor (p=0.643).

Conclusions:

The corneal hysteresis and corneal resistance factor values were similar in big bubble and manual lamellar dissection after DALK. Thus, manual lamellar dissection was not a disadvantage considering the cornea's biomechanical properties.

RESUMO Objetivo:

O objetivo do estudo foi comparar pa râmetros biomecânicos corneanos de pacientes com cirurgia de ceratoplastia lamelar anterior profunda com formação bem-sucedida de bolha e dissecção lamelar manual, frente à falha de formação da grande bolha.

Métodos:

Este estudo comparativo retrospectivo incluiu 60 olhos de 60 pacientes com ceratocone submetidos à cirurgia de ceratoplastia lamelar anterior profunda. Os pacientes foram agrupados como grande bolha (+) e grande bolha (-) de acordo com o sucesso da formação da grande bolha durante a cirurgia. O grupo grande bolha (+) incluiu 42 olhos, enquanto o grupo grande bolha (-) tinha 18 olhos. Além disso, para a avaliação dos efeitos da disparidade entre alterações individuais nas propriedades biomecânicas da córnea, reagrupamos os pacientes em 0,25 mm e 0,50 mm. Parâmetros biomecânicos da córnea, caracterizados por histerese corneana e fator de resistência corneana foram medidos com o ORA 12 meses após a cirurgia.

Resultados:

Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos grande bolha (+) e grande bolha (-) em relação aos parâmetros biomecânicos da córnea (histerese corneana: 10,06, 10,25, p=0,716/fator de resistência da córnea: 10,15, 10,07, p=0,805, respectivamente). Além disso, os resultados de paquimetria não diferiram estatisticamente entre os dois grupos. A análise de regressão multivariada demonstrou que a histerese da córnea e o fator de resistência corneana estavam associados positivamente com a espessura corneana central (p<0,001/r2=0,506, p<0,001/r2=0,561 respectivamente). No entanto, o estudo não revelou associação entre qualquer um dos tamanhos de punção e histerese corneana, bem como entre os tamanhos de punção e o fator de resistência corneano (p=0,673, p=0,643).

Conclusões:

A histerese da córnea e os valores do fator de resistência da córnea foram comparáveis com formação de grande bolha e dissecção manual lamelar na ceratoplastia lamelar anterior profunda. Assim, a dissecção manual lamelar não foi uma desvantagem, considerando os fatores biomecânicos da córnea.

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