Intenção de amamentar entre gestantes: associação com trabalho, fumo e experiência prévia de amamentação
Intention to breastfeed among pregnant women: association with work, smoking, and previous breastfeeding experience

Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 25 (3), 2020
Publication year: 2020

Resumo O objetivo do presente estudo foi estimar a prevalência de intenção de amamentar (IA) por tempo insuficiente (inferior a 6 meses) ou prolongado (24 meses ou mais) e investigar sua associação com variáveis demográficas, socioeconômicas, comportamentais relacionadas à saúde, antecedentes obstétricos e experiência prévia com amamentação entre gestantes. Estudo transversal com gestantes em acompanhamento pré-natal em 17 unidades da Estratégia Saúde da Família, em Colombo (PR). Análises de regressão logística multinomial brutas e ajustadas foram empregadas para identificar associações entre IA e variáveis de exposição. Dentre as gestantes participantes da pesquisa (n = 316), 99,1% relataram IA. O tempo médio de IA foi de 13,5 meses. A IA por tempo insuficiente e prolongado foi referida por 9,8% e 22,0% das gestantes, respectivamente. Apresentaram maiores chances de IA por tempo insuficiente aquelas que não possuíam companheiro (OR 3,23, IC95% 1,31; 7,94), que exerciam trabalho remunerado (OR 5,56, IC95% 2,10; 14,71) e que eram fumantes (OR 7,79, IC95% 2,35; 25,81). A IA prolongada foi mais frequente entre as gestantes com experiência prévia em amamentação prolongada (OR 3,05, IC95% de 1,02; 9,03). Por fim, identifica-se que os fatores associados à IA subsidiam ações voltadas para os grupos vulneráveis com vistas à promoção da prática do aleitamento materno.
Abstract The objective of this study was to estimate the prevalence of intention to breastfeed (IB) for an insufficient (under 6 months) or prolonged (24 months and longer) amount of time and to investigate its association with demographic and socioeconomic status, health behaviors, obstetric history, and previous breastfeeding experience among pregnant women. This is a cross-sectional study made with pregnant women under prenatal care in 17 units of the Family Health Strategy, in Colombo (PR). Crude and adjusted multinomial logistic regression analyses were used to identify associations between IB and exposure variables. Among pregnant women participating in the survey (n = 316), 99.1% reported IB. The average IB time was 13.5 months. The IB for insufficient and prolonged time was referred to by 9.8% and 22.0% of participants respectively.

Those who presented the greatest changes of IB for insufficient time were women who:

did not have a partner (OR 3.23, 95% CI 1.31; 7.94), who performed paid work (OR 5.56, 95% CI 2.10; 14.71), and smokers (OR 7.79, 95% CI 2.35; 25.81). Prolonged IB was more frequent among pregnant women with previous experience in prolonged breastfeeding (OR 3.05, 95% CI 1.02; 9.03). Factors associated to IA were found to support actions directed to vulnerable groups aiming the promotion of breastfeeding practices.

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