Normative data for middle-aged Brazilians in Verbal Fluency (animals and FAS), Trail Making Test (TMT) and Clock Drawing Test (CDT)

Carvalho, Guilherme Almeida; Caramelli, Paulo

ABSTRACT Normative studies of neuropsychological tests were performed in Brazil in recent years. However, additional data are needed because of the heterogeneity of education of the Brazilian population.

Objective:

The present study provides normative data of executive function tests for middle-aged Brazilians and investigates the influence of age, sex, education and intelligence quotient (IQ) on performance in these tests.

Methods:

A total of 120 healthy staff and caregivers from a hospital were randomly selected and submitted to Fluency - animals and FAS, Trail Making Test (TMT) and Clock Drawing Test (CDT).

They were divided into six groups of 20:

two groups for age (45-54 and 55-64 years) and three groups for years of schooling (4-7; 8-11; 12+ years).

Results:

Normative data are presented in mean values and percentiles. Education influenced differences in the tests, except the CDT. Post hoc analyses revealed differences between the three educational levels on the TMT and FAS. Age differences emerged on the TMT and fluency letter F. Moderate correlation was found between schooling and results on TMT and Fluency. The correlations for IQ were similar.

Conclusion:

This study provides normative data for middle-aged Brazilians with four or more years of schooling in frequently used cognitive tests to assess executive functions. The results confirm the strong influence of education, even in the comparison between middle and higher levels.

RESUMO Estudos normativos de testes neuropsicológicos têm sido realizados no Brasil nos últimos anos. Entretanto, devido à heterogeneidade da educação da população brasileira, dados adicionais são necessários.

Objetivo:

O presente estudo fornece dados normativos de testes de funções executivas para brasileiros de meia-idade e investiga a influência da idade, sexo, educação e quociente de inteligência (QI) sobre o desempenho nestes testes.

Métodos:

Um total de 120 profissionais e cuidadores saudáveis de um hospital, selecionados aleatoriamente, foram submetidos aos testes de Fluência - animais e FAS - Teste de Trilhas (TT) e Teste do Desenho do Relógio (TDR). Foram divididos em seis grupos de 20, sendo dois por idade (45-54; 55-64) e três por anos de estudo (4-7; 8-11; 12+ anos).

Resultados:

Dados normativos são apresentados em médias e percentis. A educação influenciou as diferenças nos testes, exceto no TDR. Análises post-hoc evidenciaram diferenças entre os três níveis educacionais em TT e FAS. Surgiram diferenças por idade no TT e Fluência - letra F. Foi encontrada correlação moderada entre escolaridade e resultados do TT e Fluência. As correlações para QI foram semelhantes.

Conclusão:

O estudo fornece dados normativos para brasileiros de meia-idade, com quatro ou mais anos de escolaridade, em testes cognitivos frequentemente utilizados para avaliação de funções executivas. Os resultados confirmam a forte influência da educação, mesmo na comparação entre os níveis médio e superior.