Supereu: a voz de um imperativo interrompido
Superego: the voice of an interrupted imperative
Superyó: la voz de un imperativo interrumpido

Psicol. rev. (Belo Horizonte); 25 (1), 2019
Publication year: 2019

O objetivo deste trabalho é estudar o supereu, percorrendo os caminhos que nos levam a ele como voz de um imperativo interrompido. Buscamos demonstrar que o supereu não está referido às identificações que norteiam o sujeito, mas sim a comandos desnorteadores. Para isso, abordamos o Édipo, a instância crítica e o conceito lacaniano de objeto a, em sua substância episódica vocal. Com relação ao Édipo, afirma-se que seu herdeiro é o ideal do eu, e não o supereu. Com relação à instância crítica, demonstrou-se que, já em Freud, as funções supereuoicas são abordadas em um além do Édipo. E, por fim, com o conceito de objeto a voz, foi possível demarcar a dimensão pulsional da voz descolada de identificação, que não norteia, mas ordena a partir de um imperativo interrompido que reclama obediência e submissão.

Essa voz que exprime o supereu ao vociferar seu imperativo:

"Goza!".
The aim of this work is to study the superego treading along the paths that lead us to it as the voice of an interrupted imperative. We mean to demonstrate that the superego is not referred to the identifications that guide the subject, but to disorientating commands. For this purpose, we approached the Oedipus, the critical instance and the Lacanian concept of object a, in its vocal episodic substance. Regarding Oedipus, it states that its heir is the ideal of the self, not the superego. Regarding the critical instance, it was shown that in Freud indeed, the superego functions are addressed in an instance beyond Oedipus. In addition, finally, with the concept of the a object voice it was possible to delimit the instinctual dimension of voice deprived of identification, which does not guide, but commands from an interrupted imperative that demands obedience and submission.

The voice that expresses the superego uttering its imperative:

"Enjoy".
El objetivo de este trabajo es estudiar el superyó, cruzando los caminos que conducen a él como la voz de un imperativo interrumpido. Se demuestra que el superyó no se hace referencia a las identificaciones que guían el tema, pero los comandos desconcertantes. Para esto, abordamos el Edipo, la instancia crítica y el concepto lacaniano del objeto en su sustancia episódica vocal. Con respecto al Edipo, afirma que su heredero es el ideal del yo, no el superyó. En relación a la instancia crítica, se demostró que ya en Freud, las funciones del superyó se tratan en un más allá de Edipo. Y, por último, con el concepto del objeto voz era posible delimitar la dimensión instintiva de la voz de identificación cobarde, que no guía, pero las órdenes de un imperativo detenido que exige la obediencia y la sumisión.

Esa voz que expresa el superyó al echar bravatas su imperativo:

"Disfruta!".

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